tag:blogger.com,1999:blog-70602433530700934372024-03-14T00:46:42.165-07:00Sangue de JornalistaTodo o mundo tem uma história para contar. Jornalista é aquele que sabe ouvir Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-8315117798319971072020-08-29T09:51:00.014-07:002020-08-31T15:14:22.530-07:00A morte na visão budista<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;"><span face="" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">Eu gostei tanto da conversa que a fisioterapeuta Carla Oda teve com o monge budista irlandês Stephen via Instagram (em 27/07/2020) que a transcrevi, editei e </span><span face="" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;">acrescentei um texto de abertura. O resultado está abaixo.</span></p></blockquote><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSHE2xQPPYbVrGi8H2QZxIOiLqhY4VAurWLDDS-rzvg_g-EjnAoM45NKDlD1ukr3hE6AiKM_lMcBuQeDJMNqK-YtljGPZEXMuklonabEqvonyD7ivkRIWZN_e1tuKfbzuPIttLwIlipYU/s600/Carla+Oda+Stephen+Little+Manjupriya.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSHE2xQPPYbVrGi8H2QZxIOiLqhY4VAurWLDDS-rzvg_g-EjnAoM45NKDlD1ukr3hE6AiKM_lMcBuQeDJMNqK-YtljGPZEXMuklonabEqvonyD7ivkRIWZN_e1tuKfbzuPIttLwIlipYU/s0/Carla+Oda+Stephen+Little+Manjupriya.jpg" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p></blockquote><p></p><p><br /></p><span id="docs-internal-guid-1e18297d-7fff-0586-29cf-2fff8e635ed3"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mistério no ar</span></p><br /><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial; font-size: 18pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A morte na visão budista</span></p><br /><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Um chá aqueceu o frio de 14° Celsius em São Paulo, na noite de 27 de julho de 2020, quando um papo profundo sobre o maior mistério da vida foi conduzido com leveza. A convite da fisioterapeuta Carla Oda, o físico irlandês Stephen Little Manjupriya, monge ordenado pelo budismo, falou com mansidão sobre a morte. A conversa, iniciada às 19 horas, ao vivo pelo Instagram, durou 55 minutos.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Formado no método Breathworks, na Inglaterra, e por Michael Chaskalson, especialista em Mindfulness, Stephen é radicado no Brasil há 18 anos - onde faz trabalhos de pesquisa e consultoria na área. Palestrante experiente no ensino da prática de Mindfulness, é instrutor de programas e workshops focados em saúde, bem-estar e inteligência emocional em liderança. O curso de Mindfulness que ele desenvolveu (para instituições, empresas e ONGs) passou por uma pesquisa rigorosa e os resultados foram publicados na revista científica suíça Frontiers, em 2018. Em seu espaço, Stephen realiza ainda o curso de redução de estresse baseado em Mindfulness, além de ser professor da School of Life e trabalhar com os pacientes com HIV do Hospital Emílio Ribas.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em março deste ano, assim que viu a pandemia chegar ao país, ele criou o Retiro Urbano, “um espaço de conexão consigo mesmo e com o outro durante o isolamento”, ele define. São duas sessões diárias de meia hora cada uma (via Facebook ou Instagram) com meditação guiada ao vivo, intercalada por histórias de vida, ensino de Mindfulness, prática de consciência gentil e, mais recentemente, até o “fazer nada”. É quando Stephen mantém o olhar fixo na câmera e espera o tempo passar junto com o público. “Fazer nada por uns minutos é uma mini-morte”, ele costuma dizer em seu português fluente.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Na conversa a seguir, Stephen contou um pouco sobre as origens do budismo e sua visão de impermanência, esclareceu que a tradição cita outras pandemias ocorridas no passado e deixou o convite para quem quiser: “Sim, é possível se preparar para a morte”.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Carla Oda - Boa-noite. Que bom te ter aqui!</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Stephen Little Manjupriya -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> É uma honra!</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Eu fiquei muito feliz que você aceitou falar sobre a morte na visão do budismo. Estamos vivendo um período em que ela está muito presente na nossa vida com essa pandemia. E a morte ainda é um tabu - principalmente no Ocidente. Então eu queria ouvir você a respeito do budismo para começar. O que é o budismo?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O budismo começou com o Sidarta Gautama, que era um rapaz casado, com filho, que começou a perceber uma inquietação no ser humano. Ele ficou bem transtornado com uma percepção do impacto não saudável no povo dele, de uma inquietação profunda. Ele viu, em guerras, irmãos queridos atacando outros para matar. O que acendeu dentro dele, no transtorno, foi uma questão. Mais tarde como Buda, ele falou que a busca dele começou na juventude quando ele percebeu, dentro dele, embaixo da inquietação, um espinho dentro de uma ferida. Daí ele foi buscando um caminho nas florestas, abandonando a vida doméstica pra chegar nesse espinho, nessa ferida. Então é uma história de uma cura interna porque mais tarde ele descobriu que o espinho dentro da ferida é a nossa dualidade. Vivemos, segundo o Buda, na dualidade. Vida e morte são uma dualidade. O curioso sobre o budismo é que o Sidarta buscou a fonte desse sofrimento, dessa inquietação, e se curou. Essa é a iluminação. E ele passou 40 anos transmitindo um caminho para os outros. Então o budismo é uma transmissão, é uma comunicação entre uma pessoa e outra. Essa característica é super importante na nossa tradição: é a transmissão de um caminho passo a passo, com passos regulares, para o ser humano, assim como Sidarta, chegar no espinho, na ferida, e entrar num processo profundo de cura. Outra coisa que a gente pode ver é que na essência do insight do Buda, não é a dor da perda ou da morte ou da mudança que faz o estrago, que faz o sofrimento. É </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">como</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> eu lido com a perda, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">como</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> eu lido com a impermanência ou a instabilidade, que faz eu sofrer. Então a mente, em budismo, é central. E é por isso que budismo é muito associado com meditação que, praticada diariamente, é uma chance de pôr as mãos na massa, na fonte do problema. Nesse contexto, o resto da nossa conversa fica mais suave porque tudo vem dessa percepção de um homem, 2.500 anos atrás, de uma inquietação humana diante das mudanças. E ao invés de falar para os outros durante 40 anos “ó, fique calmo”, ele não fez isso. Porque ele sabia que isso não funciona. Ele mostrou o caminho para descobrir as condições subjacentes que apoiam aquela inquietação [diante das mudanças]. E é um caminho para chegar lá, ao invés de uma técnica rasa, tipo “fique quieto aí”.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Seria muito fácil.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Yeah, tipo “se vira”. Imagine uma pessoa que está perdendo uma pessoa querida e a mensagem de uma autoridade é: “Ah, eu não consigo evitar mortes, se vira”. É horroroso. É horroroso receber aquilo!</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Essa pandemia trouxe a morte de uma forma muito impactante. Muitas famílias estão se despedindo dos seus familiares, a nossa rotina anterior não é mais a mesma, tudo mudou muito e a gente tem vivido essa morte diariamente. Não só a morte física, mas as nossas perdas, né. Como podemos lidar com a morte de uma forma menos impactante do que está sendo com essa pandemia?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> É um assunto sóbrio. E é curioso porque meu pai - que celebra daqui a umas semanas 80 anos na Irlanda - estava falando que duas pessoas da família dele morreram na gripe espanhola. E não foi na primeira onda, foi na segunda onda. Eu não sei o que eles acharam da segunda onda, o que é a segunda onda, porque demorou dois anos para a segunda onda chegar, naquela época. Então com certeza as coisas têm mudado desde 1918, 1920, e agora. As influências são muito mais rápidas por causa da nossa interconectividade. Mas dentro da tradição budista, a gente vai lendo os relatos antigos e vai vendo que havia pandemias na história. No Tibet, por exemplo, eles tinham.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - E existe esse passo a passo que você diz, para eu vivenciar a minha morte de uma forma mais tranquila e para eu conseguir lidar com as minhas perdas? Como o budismo vê a morte?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Bela pergunta. A morte é onde a gente vai ser testado. É onde a gente está sendo testado. Então emerge da infeliz mas real instabilidade da vida. O lado de como me preparar para a minha própria morte, e daí o outro lado, como eu lido com o fato de que tudo o que é querido, vai embora. Inclusive, talvez já foi, e não vai voltar. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é a parte salgada da história: já foi e não tem como essa fase (ou essa pessoa, ou experiência) voltar. Nunca vai ser a mesma coisa. Então tem como se preparar. E tem um terceiro tema que é o que acontece na morte. Existe uma literatura antiga, o livro tibetano dos vivos e dos mortos, que é o mais citado na área sobre os relatos das pessoas que supostamente entraram na fase pós morte e voltaram. Enfim, talvez seria bom começar com a sua pergunta: como se preparar para a nossa própria morte. Eu não sei quantas vezes você já pensou que estava com sintomas de Covid desde março.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Eu não achei que eu tivesse com Covid, não.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Uau. Olha, que bom! É curioso porque a minha mente, umas três ou quatro vezes, começou a fabricar uns sintomas. “Hum, será?”, especialmente no início. Daí eu vi que era pra passar aspirador na casa toda [ri e volta a ficar sério]. Mas a mente é um fator importante nos preparos. Eu não quero deixar uma mensagem leviana porque não tem uma técnica. Estamos falando sobre o preparo para o maior desconhecido que existe. Então toda a literatura que eu li, e os outros psiquiatras, poucos, que recentemente estão olhando para a questão da transição, estão dizendo que as pessoas que têm uma transição mais suave na hora da morte são pessoas que têm treinado algum tipo de não apego. De deixar fluir, de abrir mão de uma fase e se abrir para o desconhecido. Essa parece que é a característica na base da habilidade humana que mais favorece uma suavidade. Só que quando você olha para a tradição budista, essa suavidade, essa capacidade, não é só um treino psicológico, é um treino ético também. Então </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é super importante.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Por quê?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Porque parece que a pessoa que tem uma consciência ética leve, vai mais suave. E tem senso comum nisso. Eu imagino que a maioria das pessoas aqui vão concordar na hora, tipo a viagem é mais leve, a jornada é mais leve, se a gente consegue arrumar nossas brigas. Inclusive o Buda falou, “há pessoas que sabem que a morte vai chegar, aquelas pessoas arrumam suas brigas”, esse é uma fala muito antiga do Buda. Então a questão de não só escutar os outros, que é fundamental, mas também de perdoar os outros, faz parte dessa suavidade. Esse é o palco. Eu acho que o dado é que, no Ocidente, muitas vezes a gente começa, inconscientemente, e por bons motivos, transformar tudo na área de saúde emocional em algo psicológico. Nas tradições antigas, sim, tem um lado que é mental mas tem um lado que é ético.Eu não tô falando de culpa. Em budismo, né, remoer, algo com senso de culpa, é pesado. E você não vai ter uma jornada suave, se tá remoendo alguma coisa e não resolveu. E culpa é um estado muito muito pesado e sofrido. É um veneno mental, segundo o budismo. É uma inquietação muito sofrida não baseada em muitos fatos. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Quais as práticas que ajudam?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- Aprender a habilidade de escutar é uma delas. E escutar não é aquele </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">escutar ativa</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, é escutar sem precisar produzir, não tem uma criação acontecendo. É “eu preciso morrer pra receber essa coisa que essa pessoa está dizendo pra mim. Eu preciso completamente abrir mão dos meus preconceitos, pré-fabricações ou ideias ou expectativas, e deixar algo entrar para entender esse outro ser humano. E entender bem”. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é uma mini-morte. E tem oportunidades o dia todo para isso. Então </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é uma das práticas. Outra prática é fazer nada. Ou como aqui no Brasil é chamado, o nadismo. Não é contemplar algo, não é meditar, é ficar inútil. É morrer para o mundo. Para que a gente perceba e renove </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">aquele</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> percepção de que “o mundo não precisa de mim”. Mas quem quer fazer? Wow, a gente tem uma galera nas lives que vem e gostam. Mas confesso que na hora que a gente começou a oferecer muito essa prática de fazer nada, eu não ligo, mas os números caíram. [ri] Outra coisa que ajuda é tomar responsabilidade pelos nossos atos e não se defender tanto. Tem uma outra mini-morte, é tipo, não é culpa, é descobrir qual é minha parte nessa confusão. E uma outra mini-morte ainda é mudar um hábito. Mudar um hábito. Aquele gás que vem quando a gente deixa um hábito que atrapalha pra trás e realmente avança. Na tradição, essas mudanças são chamadas mortes espirituais. E elas favorecem muito, no futuro, o acúmulo da característica que a pessoa precisa para aquela passagem suave. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Eu escutei uma vez uma frase que eu gostei bastante: “toda escolha tem um luto”. É como se a gente fosse vivendo essas mini-mortes no dia a dia para se preparar para essa morte que vai chegar, a passagem?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Yeah. Sim. Essa é a grande sabedoria. Eu vivencio isso todo dia quando fecho os meus olhos. Minha mente, estou treinando para ficar com a respiração, mas ela é que nem uma criança que quer ficar no videogame. Então preciso arrastar </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ele</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> de volta para o “aqui agora”. E daí o luto é: “o que eu quero?”.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - E o que acontece na morte? Como é essa experiência de morrer, segundo essas pessoas que morreram e descreveram?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Recentemente, eu estava lendo Dhammapada, que é o relato mais antigo do Buda - e o mais fiel - e olha, essa frase, que eu já li várias vezes, entrou. Sabe quando finalmente entra? Escuta, é forte o que ele fala. Essa é a palavra antiga do Buda: “Em breve, este corpo, ausente de consciência, se deitará abandonado sobre a terra como um tronco inútil”.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É como se fosse um véu [caindo], eu senti algo que o meu organismo e a minha mente não me deixam perceber durante o dia, a inquietação impede isso. Daí eu senti meu corpo como se fosse uma árvore que vai apodrecer. Já tá apodrecendo, inclusive [ri]. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Todos nós, né.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Então, tem um lado que é leve mas tem um lado que é encarar [toca com as duas mãos suas omoplatas]: “Yeah, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é carne. É carne”. Eu não como carne, mas sei que, se você compra carne, quantos dias, mesmo na geladeira, vai ficar bem? Não é incrível? A consciência deixa essa carne viva </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">o mais que</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> possível, até que não consegue mais sustentar isso. E a gente não vive na geladeira. É muito curioso o que está acontecendo. Então um Covid da vida, infelizmente, perturba tudo isso. A visão do hinduísmo e espiritismo é diferente do que o budismo. A troca da roupa, que é a ideia do hinduísmo e espiritismo sobre a morte, e que uma alma fixa vai continuar, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> não é a visão budista. Existe renascimento, só que o budismo ensina o caminho do meio. É prático mas é um pouco misterioso porque na morte, segundo o Buda, algo que está acontecendo o tempo todo vai entrar numa nova fase. A gente tá renascendo o tempo todo. Eu não vejo que eu sou a mesma pessoa que acordou hoje de manhã. E os elementos que sustentam essa maravilha se desmontam. Então muitas pessoas, quando questionadas com precisão sobre o que é a morte, relatam que têm mais medo da dor que acham que vão sentir. Dependendo do momento, é capaz que vai ter dor.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Mas é um mistério.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O que acontece na morte depende de muitas condições. O cirurgião cardíaco [americano] Sherwin Nuland, que escreveu sobre isso, falou que pessoas que são atacadas com faca - desculpe, mas acontece - muitas vezes nem sentem dor por causa das endorfinas que o corpo solta naquela hora. Porém, o que a gente pode dizer - e a tradição fala sobre isso - é que a consciência, a mente, muda. Os elementos físicos, o sólido, os líquidos, o ar, o calor no corpo, todos esses somem. Eles ruem porque não conseguem mais manter a forma. E a consciência que ilumina este momento entra numa nova fase, onde até não tem mais um espaço para definir “eu”. Então todos os relatos da vida após morte no mundo, que eu li em estudos, falam que existe uma jornada. Um tipo de processo pós morte. E cada cultura tem imagens específicas que descrevem o que acontece.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Por exemplo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Em algumas culturas é um túnel, em outras, é uma luz. Mas tem coisas que são parecidas. Os tibetanos falam - e eu acho que </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é comum em todos - que nesse momento a gente encontra uma luz muito, muito brilhante. E é o momento onde, na jornada, não tem volta. É a morte mesmo. O corpo já foi. E neste momento, o que eles dizem, é que a dualidade da inquietação - que Sidarta viu logo no início -, que era a fonte do problema, se encontra com a não-dualidade, a realidade. Em breve esse corpo vai ser jogado. Já foi jogado. Agora a mente está livre. Em todos os relatos, isso aparece em formas diferentes mas dizendo a mesma coisa. E os relatos pós morte das pessoas que voltaram são relatos de pessoas que chegaram nisso e, por algum motivo, a mente ficou </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">inseguro</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o corpo foi salvo - ou alguma coisa - e a mente voltou. Eu não tenho experiência disso. Só que o budismo é poético porque diz que, assim como eu hoje, talvez você, não sou mais a mesma pessoa que quem acordou, no budismo, nessa passagem, quando não tem mais volta [estala os dedos], a mente sem saber como lidar com a não dualidade, se navega naquilo, a nossa própria identidade. E pode amadurecer muito. Então não tem uma ideia de algo fixo que vai reencarnar no budismo. Porque o budismo, o budista, é basicamente o rei de falar: “não tem algo fixo. Mesmo na morte”. Só que, normalmente, o que acontece? No meio daquele desconhecido, da não dualidade, da realidade, a nossa consciência fica, em algum momento, insegura. E tem que se corporificar. Então vai ser atraído por uns elementos, células, e a matéria começa a se materializar de novo, envolta da consciência. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é a ideia.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Interessante.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O Buda gostava de falar sobre isso. Ele falou sobre, por exemplo, uma árvore seca que estava pegando fogo e os galhos, as chamas estão pulando de um galho seco para o outro. E ele perguntava para os discípulos, “olha, aquela chama lá, que está num galho, que está pulando para o outro agora. Aquela nova chama no novo galho é a mesma chama do que a anterior? Ou é totalmente diferente? Ou é nem diferente, nem…”. E ele brincou assim, abrindo a cabeça da pessoa para algo poético, que não dá para descrever de forma científica mas que existe entre os opostos. Então essa poesia do caminho do meio, da vacuidade, e do mistério da mente, para muitos praticantes budistas é a atração primária. Porque basicamente é o som, é o conceito de não apego. É aquilo que traz, no fundo, a paz. E a suavidade que a gente busca, que ajuda a gente a perdoar o outro. Fazer nada, meditar, lidar com vizinhos barulhentos…</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Nessa passagem algumas culturas falam das sete semanas, 49 dias. O que acontece nesse período?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Os tibetanos e o Bardo Thodol - o livro tibetano dos vivos e os mortos que foi escrito por Padmasambhava, no Tibet, e foi perdido, ou escondido, segundo a lenda, e ressurgiu depois -, um livro incrível, descrevem a consciência, a nossa mente, nas várias fases. São seis estados intermediários. Por exemplo, estamos dentro de um estado intermediário, um bardo, é o nome. A gente está entre o nascimento e a morte agora.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - A gente está no meio.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> É. Estamos dentro também do bardo entre adormecer ontem e adormecer hoje à noite. Daí, adormecer, o mundo dos sonhos, é um outro bardo, é entre a vigília e a vigília. Os tibetanos falam sobre estado intermediário depois da morte. E a ideia é que demora 49 dias. Eu não sei se é simbólico, mas o Bardo Thodol traz o ensinamento de como o navegante pode praticar os bardos e também é para uma pessoa querida ler textos para a pessoa recém-falecida, para ajudar a memória da pessoa navegar no mistério. E é lindo, lindo. Posso ler, só uma parte?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Claro, fica à vontade.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Então, esse é o bardo do momento antes da morte. Eu não sei, eu acho que o português está bom.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Está ótimo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Vamos lá. O que é o bardo? O bardo é o estado intermediário, né. [começa a ler] “Agora que o bardo do momento antes da morte surge dentro de mim, eu vou abandonar todo o apego, anseio e todas as percepções contaminadas pelo viés. Devo entrar sem distração no caminho no qual os ensinamentos transmitidos estão claramente compreendidos”. [retorna o olhar para a câmera] Esse é budismo. É muito, muito preciso. É tipo, memória daquilo que tem valor essencial nessas horas de transição. E daí ele continua: “Preciso ejetar a minha própria consciência para a esfera do espaço não nascido. No exato momento em que eu abandonar este corpo composto de carne e osso, eu vou saber que ele não passa de uma ilusão transitória”. É budismo tibetano de primeira. Então daí vai para o encontro com a realidade. E esses são os versos: “Agora que o bardo da realidade surge diante de mim, eu vou abandonar todo o medo e terror, reconhecendo tudo que surge como uma expressão natural da consciência, se manifestando naturalmente por si mesmo, sabendo que os sons, raios, e luzes são meramente fenômenos visuais nascidos desse estado intermediário. Agora que cheguei a esse ponto decisivo, crucial, eu não vou temer estas manifestações naturais, as de idade pacíficas e iradas”. Então, os tibetanos personificam emoções nesse estado, porque se for pensar, provavelmente nessa hora, o nosso campo emocional vai ficar doido. Tudo o que eu não resolvi, tudo o que eu não treinei emocionalmente, provavelmente vai entrar em pane naquela hora. Então é lindo, é muito misterioso, mas tem algo que ressoa com muitas pessoas, essa jornada. E tem outra versão dessa jornada contada pra pessoa que faleceu. É um guia para a pessoa.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - É nesse bardo, entre o nascer e o morrer, o período que nós temos uma consciência e um corpo, que temos mais possibilidades de desenvolver consciência para fazer essa passagem de uma forma mais tranquila? </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Exatamente. Você falou tudo: é cultivar consciência. Por exemplo, como eu cultivo consciência, agora que eu estou vivo? Uma boa pergunta para cultivar consciência: como a minha família lidou com a perda de pessoas queridas? Essa é uma pergunta muito boa. Começa com a família. Como foi o clima quando meu avô faleceu, ou o vizinho querido, o melhor amigo do meu pai, como foi o clima? Esse é o início. Daí tem perguntas de consciência de como eu lido com dor, por exemplo. Dores físicas. E será que eu busco, nas minhas meditações ou nos cursos que eu realizo, um escape da dor? Ou será que tem um caminho no meio, onde eu posso não aguentar a dor, mas ser maior do que ela, sem negar a existência dela, mas desenvolver uma consciência de que, se eu me expor para isso, sem negar, ela não vai me engolir. Esse é o caminho do meio. É sentir o medo e seguir adiante. A meditação no Retiro Urbano, por exemplo, é uma aprendizagem de consciência. Mas é [passo] de tartaruga. É lento. As lebres sofrem no bardo, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">esse</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> eu não tenho dúvida. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - É melhor ser tartaruga...</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Yeah, e começa agora porque quando a gente fala de prática não é ensaio. É prática no sentido de começar agora a cultivar as suas habilidades para aquele momento. E para outros momentos que surgem. Você falou a chave: é pela consciência porque provavelmente a gente já tem muita matéria-prima acontecendo. Reações, na forma de resistências, na hora de uma mudança. E reconhecer o instinto, e ter consciência do instinto, é chave para progredir. Se pular essa parte, vai ser duro. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Vai ser mais difícil.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Esse é o desafio do caminho espiritual: lidar com instabilidade e reconhecer o automático [em nós]. E ter uma mentalidade que é slow [devagar], de uma aprendizagem que começa com aquilo que a gente não quer. E aos poucos descobrindo o que é que sustenta esse instinto. E é algo escondido, assim como o Buda descobriu.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Como você vê o corpo nesse processo? Como a consciência corporal nos ajuda nesse processo?</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> A consciência corporal ajuda em dois pontos: o primeiro é que na consciência corporal você vai adquirindo a capacidade de lidar com as sensações que já estão aqui, sejam quais forem. E, aos poucos, aprende uma maneira gentil de receber o que está aqui. E o segundo ponto - e esse talvez seja o mais importante para a morte - é reconhecer o outro, que tem outros corpos. Por exemplo você, Carla, é outra pessoa. A gente tem algo em comum só que me faz muito bem quando eu amplio as minhas fronteiras para incluir o mistério que é Carla. E lembrar que a vida não gira em volta desse minha vivência. E requer esforço para eu expandir e aprender a ser resiliente, diplomático, ter adaptabilidade, ter empatia e compaixão, ter paciência, né. Saber como não agir. E sabedoria. Então todas essas características surgem não de um mundinho da consciência corporal, eu com a minha prática, mas surgem de uma vida que é rica de saber que não é sobre eu.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - São muitas habilidades para serem treinadas. Não que eu não exista, mas é um estar aqui de uma outra forma, consciente e integrada com tudo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Exatamente. O fato de que você está me escutando e entendendo o que eu estou falando é saudável. Fortalece o senso de que “yeah, eu sei o que eu estou falando”. E isso é saudável para a minha história, a base da minha saúde emocional. E quando eu escuto você e você reconhece, você sente “ele me entende” e isso também alimenta um senso saudável dentro da Carla. Isso é a base. A questão é quando a nossa identidade, a nossa história saudável se torna fixa. Daí o negócio começa a encrencar.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Tem que ter fluidez.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Eu acho que tirar o tapete por baixo dessas histórias fixas, assim que a gente adquire uma história, faz bem. E estamos numa época agora que a identidade está de volta.Os filósofos estão falando sobre isso de novo, as tradições espirituais têm um papel muito importante nisso, mas você falou de novo uma pura verdade: não é uma questão de anular o ego, a ideia é cuidar da nossa história para que aquilo que dá vida dentro da gente possa transbordar. Acho que o estado de não apego é um estado de abundância. Não é de zero, vazio. É que a gente viveu e a passagem ao final é suave porque estamos preenchidos. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CO - Que lindo, Stephen, muito bonito. O nosso tempo está acabando e se você quiser encerrar com alguma mensagem, fica muito à vontade. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SLM -</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Yeah. Eu quero encerrar com alguma coisa. Eu tô um pouco preocupado com essa mensagem sobre a morte, é tipo “não dá para evitar a morte”. Tipo fria. Porque é uma verdade, não dá para evitar a morte. E o Buda, a gente ouviu, ele falou: “daqui a pouco vai ser jogado no chão etc”. Mas também o que ele falou foi: “Todos treinam diante da punição. Todos temem a morte. Já a vida é querida por todos”. Então, compaixão junto com a verdade é essencial. Se a gente não tem compaixão com esse assunto, não vai ter “escuta”, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">aquele</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> linda ressonância respeitosa. Porque quando a gente perde alguém </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">querida</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é muito muito, muito difícil, a gente sabe disso. Então a mensagem, por exemplo, da impermanência, traz sim, uma verdade. Mas ela também lembra que quando alguém tá sofrendo com isso, não é de se dizer pra pessoa “olha, não tem como evitar a morte, sabe”. É de ressoar, de vibrar com a pessoa, de dar um abraço, talvez até virtual. E até talvez dizer “é muito, muito difícil, eu te entendo”. É muito mais importante essa ressonância de entrar na dificuldade e conhecer, “eu sei o que está acontecendo”, do que simplesmente falar a verdade. É muito mais benéfico. Esse eu acho que é a mensagem porque tem muitas pessoas, nossa, eu nunca lembro de abrir o jornal e ver tantas pessoas queridas indo embora. E uma pessoa que morre, é um desastre. Uma pessoa é uma perda grande.</span></p><br /><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para assistir à conversa pelo Instagram, aqui está o link: </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span face="" style="background-color: white; color: #262626; white-space: normal;">https://www.instagram.com/tv/CDKci-pHSNB/?utm_source=ig_web_copy_link</span></span></p></span><p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-71468172811426561072020-08-24T12:31:00.018-07:002020-08-31T16:17:58.173-07:00Entrevistei Xênia Bier em janeiro de 2013<p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgddaE1cWu9RzLKT5b8CkntPP2EtQy_ukNxSb0FoMaaUbXy5nWqBbtIUH2vPnWBo31HORWxDeVPRDd3PA5oycyqYkbgiYfS_3rYAWqefbpIwsrxryeYpygWCH3YIpoobvWJQ4WqLfD-k/s2048/Reuni%25C3%25A3o+de+leitoras+1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1366" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgddaE1cWu9RzLKT5b8CkntPP2EtQy_ukNxSb0FoMaaUbXy5nWqBbtIUH2vPnWBo31HORWxDeVPRDd3PA5oycyqYkbgiYfS_3rYAWqefbpIwsrxryeYpygWCH3YIpoobvWJQ4WqLfD-k/s640/Reuni%25C3%25A3o+de+leitoras+1.jpg" /></a></div><span face=""><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;">"Olha a sua amiga aí", li numa mensagem de Whatsapp da Zappa (a jornalista Alecsandra Zapparoli) às 14h54" de hoje (segunda-feira, 24/08/2020). O link de notícias anunciava: "Morre Xênia Bier, a primeira feminista da TV brasileira". Que tristeza. Murchei igual flor sem água.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;">A entrevista a seguir (que fiz com ela) foi publicada na revista AnaMaria em janeiro de 2013. Eu era redatora-chefe da publicação, e Xênia colunista.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face=""><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">“A mulher está <span class="il">prom</span>í<span class="il">scua</span>”</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">Aos 76 anos, <span class="il">Xênia</span> Bier continua firme no posto de apresentadora mais polêmica da televisão brasileira. Só topou dar essa entrevista se fosse sem fotos. “Quero que o público fique com a imagem de quando deixei a televisão, não a atual”, explicou. Uma pena, leitora. <span class="il">Xênia</span> Bier captou meu olhar no hall do prédio onde ela mora como se eu fosse uma câmera. Só desgrudei os olhos dela na hora de ir embora. Lépida e faceira, ela continua a mesma mulher cheia de vigor – e magérrima – que víamos na tevê. De cabelo curto batendo no pescoço com charme e vestido longo até os pés, ela recebeu a revista AnaMaria na sala de seu apartamento gostoso e bem ventilado, em São Paulo. Com tudo impecavelmente no lugar. Entrevistá-la é uma aventura mental, a gente sempre tem a impressão de saber menos, muuuito menos que ela. A cada frase dita, <span class="il">Xênia</span> nos dá a impressão de que nada escapa de seu radar. Braba, bem humorada, ácida, rápida, veloz, assim pensa e fala <span class="il">Xênia</span> Bier. Há 20 anos for a da televisão, mãe adotiva e avó da Marcela, menina meiga de 10 anos, na entrevista a seguir, ela dá sua opinião sobre o mundo atual, educação de filhos, amor, sexo, homens e nós, mulheres.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">Por Lidice-Bá</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – O mundo está em decadência?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu acho que o mundo está em mutação. E sempre que se muda, decai. Você sente a decadência do mundo pela decadência da mulher. É histórico. Grécia, Roma, Egito… Quando a mulher decai… Ela traz a fotografia da vida na barriga, né. Ela não pode ser <span class="il">prom</span>í<span class="il">scua</span>. O homem pode.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Qual a sua maior crítica ao universo feminino?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – A promiscuidade. A mulher está promíscua. Em todos os sentidos, não é só sexual. Essa tá grave, eu acho. Não é puritanismo, hein! É o contrário, é respeitar a mulher, é valorizar a mulher. O homem pode ir ali na esquina, dar uma trepadinha, lavar, e acabou. Porque pra ele aquilo realmente é uma trepadinha. Pra mulher não. Ela vai ficando com o rosto marcado. Ela vai sofrendo, ela se sente violentada.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Qual o grande erro da mulher atual?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Ela foi copiar o homem no que ele tem de pior, que é a sexualidade. Desde o movimento feminista que a mulher acha que ser independente é ir pra cama com quem você quiser. Pela-mor-de-deus! Olha o coitado do homem aí, ele tá perdido desde séculos e séculos amém. O homem não sabe o que é amor! A emancipação da mulher era pra ser exatamente essa: ensinar o homem a amar. Assim, ele se emancipava e a mulher também!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Os homens não sabem amar?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Os homens – e as mulheres – hoje se apaixonam. Amor é outro departamento. Paixão é doença. Amor é saúde. Como se diz, o amor não tem idade. É verdade, mas vocês não estão amando, vocês estão apaixonados. Então tem idade, sim. E você é velha pra ele. Acho que essa questão sexual é muito mal resolvida na humanidade. Hoje temos na cabeça que “ai, que horror, pedofilia”, mas isso sempre existiu. A humanidade evoluiu tecnologicamente mas emocionalmente ela continua muito doente.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – A mulher está <span class="il">prom</span>í<span class="il">scua</span> em que outro sentido?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Como mãe. As mães abandonaram essa coisa fantástica do educar para o futuro. Elas delegaram o poder, terceirizaram para avós, professoras… Tudo ela terceiriza e isso pra mim é promiscuidade. Mas a promiscuidade mais grave ainda é a do sexo. Porque como mulher, ela tem que se colocar como a semeadora do futuro. Porque ela é mãe!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – O que muda quando a mulher vira mãe?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Ser mãe é ser sábia. Dentro de uma casa, a mulher é advogada, psicóloga, engenheira, médica, juíza, economista, ou seja, ela é uma sábia! E não importa que fique sozinha na velhice, se cumpriu a missão.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Pra você, a mulher está <span class="il">prom</span>í<span class="il">scua</span> no sentido sexual e maternal. Tem mais algum?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Tem a promiscuidade de querer imitar o homem profissionalmente. Fica <span class="il">prom</span>íscuo porque ela vai jogar o mesmo jogo do homem e o jogo dele sempre é…</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face=""> </span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Pesado para a mulher?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Exatamente.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Dá um exemplo.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não convivo muito com executivas mas tem um ótimo exemplo: a nossa presidenta. Ela é um homem. Eu não tô dizendo lésbica, hein, que fique bem entendido. Mas ela é um homem, ela anda como um sargento. Mas eu entendo essa mulher. Pra sobreviver lá dentro, ela teve que fazer isso. Eu percebi isso muito rapidamente porque quando comecei na televisão era um mundo só de homens, não tinha uma produtora, imagina! Só homens. Então eu fui seguindo o caminho deles, o [autor, ator, diretor e radialista carioca, pioneiro na televisão brasileira] Silveira Sampaio foi meu mito. Eu comecei a aprender a apresentar com ele. Que era muito gente boa mas eu era muito brava, ninguém brincava comigo [baixa o olhar para os pés, que batem no ar]. Não… Não dava pra brincar naquela época. Mas aí eu pergunto numa entrevista com o Decio Pignatari, ele falou isso, como as mulheres só tinham modelo de sucesso masculino, a mulher que queria vencer copiava o modelo masculino, os gestos, e tudo. E eu me vi naquilo, daí falei “ah, isso eu não quero pra mim”. Então comecei a mudar.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – E foi possível?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu acho que foi, eu virei brava, uma mulher brava. Pra poder sobreviver. Eu tenho a fama… Você fala a meu respeito no meio eles dizem, elogiam a minha honestidade, a minha dignidade, mas dizem “ela tem um gênio do diabo, não dá pra conviver com ela”. Não é gênero, é braveza. Mas se não fosse assim eu não sobreviveria.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – A braveza foi uma defesa?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Sim, senhora. Eu era muito bonita. Imagina se eles iam deixar passar em brancas nuvens se eu não fosse brava? Homem morre de medo de uma coisa: escândalo. E eu não tinha o mínimo medo disso.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – As pessoas ainda têm medo de você?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Mas eu sou muito esquisita mesmo [ela ri]. Eu sou uma incógnita. Eu tenho dignidade e não tenho o rabo preso. Eu sempre expus tudo no ar: pá pá pá pá [faz gesto de karatê com mão].</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Tem várias gravações antigas suas no Youtube.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – A primeira vez que eu vi, porque minha neta me mostrou, eu sentei e fui me encolhendo… Há 20 anos eu não estou mais no vídeo e me perguntei: “como é que eu falava isso no ar? Pai de misericórdia, eles têm razão! Não pode soltar essa doida”. Minha neta falou “tem mais”. E eu não dormi à noite. Fiquei assustada mas eu achei que eu era uma puta profissional. Eu falei “até hoje ninguém fez isso”. É porque eu não tenho o rabo preso.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Você está fora da tevê mas escreve sua coluna nesta revista e é lida por 1 milhão de pessoas por semana, em media. Você não tem medo de dizer o que pensa?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu tenho medo. Mas eu acho que o que tem de ser dito, deve ser dito. Tem que dizer? Eu digo.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – As leitoras admiraram muito sua coluna sobre a morte da Hebe, no ano passado.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Fico feliz que tenham gostado, mas a coluna sobre o Silvio Santos também foi bonita, né? E eu não pus que eu fui noiva dele porque eu não quis.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – O quê??</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu fui noiva dele.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Você foi noiva do Silvio Santos?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu fui noiva do Silvio. Quando ele era muito pobre. Aquela coluna que eu falo da meia vermelha [de Silvio Santos] é quando a gente saía.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Você o amava?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu era um pouco encantada pelo locutor. Você imagina, ele era lo-cu-tor [fala bem pausado e pomposo]. Aí um dia marquei encontro com ele no Cine Metro, que era chiquérrimo, na época, e eu estava do outro lado da rua e ele na porta. Eu vi ele de longe, ruivo, a calça curta, a meia vermelha, o sapato… Eu falei “ah, não, não dá”. Nãããooo, não dá. Falei que não dava. Terminei. Ele falou: “um dia eu vou ficar rico e vou te comprar”. Dei risada, falei “vai ficar rico como? Nós dois pobres, você mora nessa pensão desgraçada na rua do puteiro, agora vai ficar rico como? Va, va...”. Passaram-se anos e anos e anos, eu saí da TV Bandeirantes e ele mandou me chamar pra me contratar. Aí o Arlindo Silva veio me buscar aqui. Eu falei: “vou”. Eu tenho que trabalhar, né? E o Arlindo disse que eu tinha que assinar com ele, Silvio. Então tá bom. Eu tinha esquecido. Quando assinei o contrato, ele falou: “Eu disse que lhe comprava”. Ele não tinha esquecido. Cê sabe que me deu um choque tão grande que me deu artrose nos joelhos.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Na hora?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não, demorou um pouco. Aí o Ademarzinho Dutra veio e falou: “Ai, <span class="il">Xênia</span>, ele pede todos os dias os tapes do programa e fica assistindo na sala”.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – O Silvio gostava de você?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Gostava. Mas depois que eu cresci na televisão, eu não sou o tipo de mulher que encanta. Ele quer mulher…</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – ... submissa?</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span>R – No fundo ele tem admiração. Mas não pra ser mulher dele. E ele realmente cresceu, ficou milionário. E é um homem dificílimo, né. À maneira dele, é feliz. Cê já viu algum sagitariano que se preocupa com os outros? Não. E ele é casado com ele mesmo</span><span>. <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Quando o Silvio Santos morrer, a televisão para. Ninguém vai fazer igual.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="" style="background-color: white;"> </span><span style="background-color: white;"><span face=""></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Como você vê a televisão brasileira hoje?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu tô vendo muito mal, eu não tenho o que assistir. Eu assisto às novelas por absoluta falta de opção. E as novelas da Globo são bem feitas, justiça seja feita. Têm produção, direção, gente que entende do riscado. De vez em quando fazem umas cagadas homéricas como essa novela das nove agora [refere-se à Salve Jorge, de Gloria Perez], mas acontece. O que que eu vou assistir?</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Nada se salva?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Tenho o maior respeito pelo Silvio Santos mas a minha idade não me permite mais essa paciência com o auditório. Fausto Silva, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, é um chato de galocha. A TV Cultura é chatíssima. O Roda Viva às vezes me dá até nausea de tão chato, convidam uns jornalistas rançosos… Pode-se fazer uma coisa inteligente e de nível. Jô Soares não fez? Chico Anysio não fez? Todo mundo parava pra assistir! A TV Pirata era formidável, e o próprio Sai de Baixo era engraçado. Já era um humor mais escrachado, mas isso cabe também. Agora eu não sei. Tem umas celebridades… O Marcos Mion, meu Deus, o que que ele é? Rafinha Bastos. Ele ia muito bem lá com o Marcelo Tas, que é antipatissíssimo, diga-se de passagem, mas é inteligente, sabe o que tá fazendo. O que sobra? As tais celebridades, eu não sei o que que é essa gente. Não sei.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – E qual a consequência disso?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Pra juventude, a internet interessa muito mais. Minha neta gosta de novela e eu não proíbo porque tudo que é proibido é melhor. Ela senta comigo e assiste. Com 10 anos, ela é o ibope pra mim. Quando começou essa novela das nove, ela viu uns três capítulos e foi pro computador. Eu falei: “a novela não vai pegar”. E não tá pegando. Como ela, todos os outros foram. Em Avenida Brasil, todos ficaram. A Marcela torcia, “Carminha maldita”, “quero matar essa mulher”. Agora ela nem toma conhecimento.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Na tevê recente, Avenida Brasil foi a melhor coisa?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Infelizmente sim. É triste, porque o público está muito apático. O politicamente correto amassou as pessoas. Ai, não pode falar isso porque é feio. Há todo um clima negativo, essa obrigatoriedade da mídia de mostrar só o que é ruim, é o crime, o crime… Não dá pra viver, né.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Por que a mulher comete esse erro, de disputar com o homem a força sexual, se ela é tão inteligente?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não sei, porque ela sempre quer ser moderna. É pelo medo de ficar para trás. É triste isso.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Toda mulher deve ser mãe?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Eu acho que não, tem mulher que não tem instinto materno. Essa mulher não deve ser mãe porque vai ser infeliz ela e a criança. Esse negócio de que toda mulher tem instinto materno é conversa. Por exemplo, eu nunca tive vocação pra parir. Nunca fui estéril, poderia ter os filhos que eu quisesse, mas eu me sentiria horrorizada com um ser humano dentro da minha barriga, o que vocês querem que eu faça? Nasci pra ser mãe mas não nasci pra gestar.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Sua filha é adotada.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – É. Eu não teria condições de gestar.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Por que a sociedade pressiona tanto para a mulher ser mãe?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Isso é tão milenar que já vem na genética, tem que ser mãe, tem que ser mãe. Acho que é pra deixar a mulher no seu devido lugar, né. Se a mulher é a construtora do futuro, porque ela educa dentro de casa, então vamos condicionar. E a mulher compra essa ideia. Mas isso também é social, e, às vezes, ela pari mal, é uma péssima mãe!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – E qual a consequência disso?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Péssimos cidadãos para o futuro.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Qual o recado para a sociedade que pressiona e para a mulher que vira mãe por obrigação?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Essa mulher tem que ter coragem, caramba. O século XXI favorece tudo isso. Ainda tem muita coisa a ser vista, revista, mas nesse século você tem que dizer ao parceiro, quando está namorando ou vai casar: “eu não quero filhos”.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face=""> </span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Mas essa mulher não é vista com bons olhos.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Especialmente pela família do parceiro. Porque em geral, a família do homem precisa provar que ele é um garanhão. Se ele não tem filhos, vão dizer: “será que ele não tá dando conta do recado…”. É pressão pra cima dele. Se o homem é estéril a sociedade já mistura com impotência! Os homens não fazem vasectomia porque têm medo de perder a virilidade!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Com os diferentes papéis a exercer na vida moderna, as mulheres estão mais culpadas?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Antes dessa correria também elas viviam o império da culpa. Era um outro tipo mas também era culpa. Ela tinha que comer bem, ter a casa sempre bem arrumada, ela nunca achava que cuidava do marido o quanto ele merecia, era sempre o senhor poderoso num pedestal, tinha uma frase muito, não sei se usa hoje, mas era dita ao filho “você vai ver quando seu pai chegar”. Isso é horrível, quer dizer, ela jogava tudo pra cima do pai, só ele podia dar jeito, até numa criança. Mas ela também tinha culpa.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Algum dia a mulher vai se libertar das culpas?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não sei. O dia em que for eliminada essa visão, é possível.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Na educação dos filhos, onde a mulher precisa mexer para criar um mundo mais feliz?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Xiii… É difícil. O homem faz sempre o papel de bonzinho, já reparou? E deixa o malzinho pra mamãe. Todo filho diz “meu pai é ótimo, minha mãe é uma chata”. Por quê? Porque ela é que tem que educar, e ele desautoriza ela. A mãe dá uma prensa aqui, daí eles vão pro pai e ele fala: “Não, a mãe tá com TPM, logo passa”. E acaba ali. Então, em primeiro lugar: parceria na educação. Mesmo que você veja que teu marido está chamando atenção de um jeito errado, deixa. Depois você conversa com ele. Não na frente da criança. A mesma coisa o marido. Eu não gosto de educação por medo ou hipocrisia. Agora há pouco, antes de você chegar, eu tive um sarapapá com a Marcela. Eu grito que nem uma lôca. Ponho pra fora tudo. E ela grita comigo também. Eu passo a mão na colher de pau e falo “eu vou te dar uma colher de pau na bunda”. Dez minutos depois, quem ouviu, diz: “são tudo louco”. Mas eu pus tudo o que estava me incomodando pra fora, não sou louca de ficar guardando, engolindo e com raiva da criança. E nem ela com raiva da vó. Ela solta: “chata, que me enche o saco, poxa” [ela ri].</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Mas isso é normal.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – É, mas não pode, porque é feio gritar… Daí ficam cheios de ressentimento. E é uma menina saudável, alegre, brincalhona, pura. Com quem se conversa tudo.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Qual o segredo dessa boa educação, <span class="il">Xênia</span>?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Outro dia a gente estava assistindo Gabriela e o Humberto Martins foi descendo, beijando a Gabriela pra cá, pra lá, ela falou: Vovó, ele vai beijar a periquita dela?”. Eu falei: “Vai”. Ela falou: “Mas é nojento”. Eu falei: “Você que sabe. Ela gosta, você acha nojento, cada um acha o que quiser, pronto”. E te digo: ela não tem um pingo de malícia. </span>Outro dia ela me pegou perguntando o que era cafetina. Aí falei: “É uma mulher que recebe metade do que as moças recebem quando se prostituem”. E ela: “Putaquepariu, vó, que horror, tem que matar essa desgraçada” [ela ri].</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Hoje a mulher reclama que não tem homem e, quando tem, eles não querem ajudar em casa.</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não ajudam porque não sabem. Não são educados pra isso.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Por que a mulher educa de forma diferente e põe a menina pra fazer tarefas domésticas e o menino não?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Ela faz isso sempre com medo de que o filho seja gay. Já vem do marido, que diz: “Menino vai fazer serviço de casa? </span><span face="" lang="">Não, assim vai virar gay”. Daí começa a gozação.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="" lang=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Como formar os homens de amanhã, então?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Se o menino vê o pai na cozinha ajudando a mãe, varrendo a casa, limpando um vidro, ele vai copiar o pai. Mas ele vê? Não. Ele vê o pai lendo jornal, futebol…</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – A maior reclamação da mulher é a falta de tempo. </span></b><b><span face="" lang="">Como resolver isso?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não sei, acho que a gente trabalha muito agora. E já dizia Jesus, a seu tempo: “Não se serve a dois amos”. </span><span face="" lang="">Então ou você trabalha ou você tem filhos.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="" lang=""> </span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – É preciso haver uma opção?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Sim. Eu prefiro não ter computador novo, mas ter um filho feliz. Porque normalmente se trabalha não é pra ajudar na despesa, é pra comprar futilidade, coisas que enferrujam, que apodrecem. O ser humano não enferruja, não apodrece e morre porque é mortal. </span><span face="" lang="">É o mercado.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="" lang=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – É muito trabalho que resulta em consumismo fútil?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – As pessoas não percebem que nós estamos numa puta ditadura, que é a ditadura do mercado? Ninguém é livre nesta porra, meu Deus! Você tem que ser muito magro, você tem que ser muito moço, você tem que trabalhar muito pra comprar muito! Não conte tristeza, peloamordedeus, você é pesada e você tem que ser leve… Porra, como é que eu posso ser leve se eu abro o jornal e tem oito motocicletas palestinas arrastando um palestino morto porque ele traiu a Palestina passando informação pros judeus? Eu posso ser feliz com esse mundo? Esse mundo evoluiu? Não evoluiu porra nenhuma! Evoluiu cientificamente, tecnologicamente, mas o ser humano está voltando pras cavernas.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Vivemos uma imaturidade social?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Essa sua geração, que está agora com 35, 45 anos, foi criada com os pais se colocando à frente. Eles não amadurecem nunca. Temos essa evolução fantástica, a internet – que é um perigo – mas em contrapartida, temos a cabeça do ser humano que é das cavernas. Os crimes continuam, as guerras continuam, os estupros, a violência… Qual é a evolução? Evolução pra mim é de dentro pra fora do homem. O que adianta viver mais dez anos porque a medicina avançou? Eu prefiro morrer antes e a humanidade ser melhor!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Para a humanidade melhorar eu acho que a mulher precisa ser mais amiga da mulher. Você acha que um dia a mulher vai conseguir ser amiga da mulher?</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span>R – Não. Eu não tenho esse otimismo. Nós somos extremamente competitivas, não parece mas somos, né. Não com os homens, nós somos competitivas entre nós. Aí reside a nossa fraqueza, porque os homens são amigos uns dos outros. Eles não levam a sério, eles dão tapas nas costas, são cúmplices, encobrem as coisas uns dos outros… </span><span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">A inveja do homem é menos perigosa que a inveja da mulher. Pra armar uma arapuca ele é menos inteligente do que ela. Mulheres são terríveis, eu tenho medo, MUITO medo… Inclusive a mulher é inimiga da mulher por pura insegurança.</span> A</span><span> mulher é tão insegura do seu valor que ela precisa sempre estar derrubando alguém pra sentir que está por cima.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – E qual o valor da mulher?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – É o valor de um ser humano. É o valor de quem traz a fotografia da vida na barriga. E deixe de sujar o canal do nascimento, a mulher não pode ser <span class="il">prom</span>í<span class="il">scua</span>. O canal do nascimento tem que ser limpo. Isso vai colocar mais culpa ainda pra cima dela.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Como explicar isso pras mais jovens, que vão achar esse discurso puritano?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Não é puritano não. Você pode ter 50 homens e continuar limpa. No decorrer da tua vida, dormiu com 50 homens e continua limpa. Você continua limpa se você teve sentimento por aquele homem. Não porque você encontrou numa noite e foi pra cama com ele. Se você encontrou numa noite e foi pra cama com ele você tá suja. A Mulher não nasceu pra isso. Nãaao. E ela não tem a necessidade sexual que tem o homem. Desafio qualquer uma. DE-SA-FIO. A necessidade sexual do homem é toda diferente, tanto que ele é pra fora. A mulher precisa parar de competir com o homem, principalmente nesse aspecto. O orgasmo masculino é totalmente diferente do feminino!” Por isso pra eles, ó [faz gesto de tanto faz], é uma força que sai, e acabou!</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – A mulher precisa mais é de segurança afetiva mesmo?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – É uma necessidade, sim. É da mulher.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – O homem não precisa aprender um pouco mais sobre a mulher?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Mas eles não querem saber! Por quê? Voltamos ao sexo. Pra eles, mulher é aquela que vai dar esse imenso prazer pra eles. Pronto. Você dá comida pra ele, você dá sexo, ele tá realizado. Ah, não esquecer da cervejinha! E do futebol. Homem cresce mentalmente só até 12 anos, depois é só corpo.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – Até quando a mulher vai usar o corpo como arma de sedução?</span></b><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">R – Pra sempre. Sempre foi e sempre será. Desde o Egito, de Roma, desde a putaquipariu, Eva deve ter usado o corpo dela pra pegar o Adão. E vai usar sempre.</span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""> </span><span face=""></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><b><span face="">P – E qual o caminho que as mulheres devem seguir de agora em diante conscientes disso tudo?</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span>R – O trabalho eu acho fundamental. Para um grupo de mulher que pode optar por escolher o trabalho, eu acho que ele é fundamental. A mulher casada que tem filhos precisa pensar muito antes de optar. Ela tem que pensar: “O que eu quero? Trabalhar e terceirizar meus filhos vale a pena?”. Porque essa história de “ah, depois eles casam e depois me deixam”. Não, mas quando eles casarem e te deixarem eles já estão tudo estragado. Ontem morreu uma criancinha de 3 anos numa escolinha, numa piscina, né. Estava na escolinha, período integral. Então pra que ter filho? Deixa a criança na escola às 8h da manhã, vai buscar às 6 da tarde, você não tem filho! Amor é fruto de convivência! Teu filho tá dentro do teu útero, você vai gostar mais dele quando ele sair! Ele é um desconhecido, você não conhece nem a fisionomia! Amor é fruto de trocar fralda, de fazer mamadeira, é, sim, senhora, amor é trabalho! Que, pensa que amor vem assim, fácil? Não, não vem, não. Não vem. Então uma criança que fica confusa, a empregada durante o dia trata, cuida do jeito que ela pode, do jeito que ela sabe, de noite vem “ah, essa é a mamãe”, que confusão na cabeça dessa criança! Então veja: </span><span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">é melhor você ter arroz, feijão, bife e batata frita e não ter aquela televisão magrinha, que eu chamo de televisão magrinha [refere-se às TVs sem tubo], não ter a roupa de marca, tudo isso é pra mostrar pros outros, é pra mostrar pros outros que você tem. E educar teu filho bem porque isso é você que faz, porque ninguém, ninguém substitui a mãe.</span> Algumas </span><span>mães são uma porcaria, mas a maioria é voltada pro filho. E o terceiro grupo é o dos ricos, e os ricos que se virem. Não sei, não conheço a vida deles, eles que se virem.</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span>FIM</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face=""><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">Quero deixar registradas aqui duas frases da Xênia pra mim, em conversas telefônicas (sempre às sextas-feiras, lá na revista) que nunca esquecerei:</span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;">"Não fale comigo no diminutivo porque eu sou velha, não sou retardada"</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px 0px 0.0001pt;"><span face="">"Não faça acordos por medo de solidão, Lidice. Nenhum acordo. Se quiser, case-se, mas por vontade de casar, e não por medo de ficar tia solteira. Se quiser, tenha filhos porque deseja ser mãe, e não por medo de envelhecer sozinha"</span></p>Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-89706893202591745102017-02-28T13:22:00.003-08:002019-01-21T13:48:25.641-08:00Minha primeira experiência em edição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ584o_Qm5ZbdWb7tAcDlqKrjuTRZDLj5XQ6u_nEjf9GZXCalXpQ-RizzjGY4UXiPCs3vH6zlcEGZzJ3Hoac9dfnuiQYga-NoOO3B2vmnX6AZktSeHfsI2Xm42jZEEq9CqhZ-4l_zltzE/s1600/Scanner_20170228+%25289%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ584o_Qm5ZbdWb7tAcDlqKrjuTRZDLj5XQ6u_nEjf9GZXCalXpQ-RizzjGY4UXiPCs3vH6zlcEGZzJ3Hoac9dfnuiQYga-NoOO3B2vmnX6AZktSeHfsI2Xm42jZEEq9CqhZ-4l_zltzE/s320/Scanner_20170228+%25289%2529.jpg" width="231" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
"Mil desculpas, mas eu ainda não sou editora de texto, eu só sei fazer reportagens", respondi de bate pronto para a diretora da revista BOA FORMA, Claudia Visoni. Ela tinha acabado de me convidar para escrever um Guia de Moda para ser encartado já na edição do mês seguinte. Ignorando a minha resposta, ela empinou o nariz e disse: "Ah é? Pois agora você tá 'grávida' e... Dêxa ver... Daqui a três semanas vai parir um livrinho cheio de dicas bacanas, um guia de moda com boas dicas e sugestões".</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEYYAvwHivfT1-755mXOJ9WYURZGStCDvqBoLa6hBMwQf7MaPWH-PHTYT9dltVJxvMt_1UTC8m6F7KfEP66_leL0Hw26DS34iFCQRZICkhNFlLeU2SpSQCcwjzRrUlLu6BjqQ4YWCEZCQ/s1600/Scanner_20170228+%252810%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEYYAvwHivfT1-755mXOJ9WYURZGStCDvqBoLa6hBMwQf7MaPWH-PHTYT9dltVJxvMt_1UTC8m6F7KfEP66_leL0Hw26DS34iFCQRZICkhNFlLeU2SpSQCcwjzRrUlLu6BjqQ4YWCEZCQ/s400/Scanner_20170228+%252810%2529.jpg" width="277" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
O livrinho saiu e ficou ótimo.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPh9MFDOi0ljkVU3EOTMNJxUtLwnqCZS8z5EV9D404eLP6eIodRV6nGfr0gGqTtOwd4900yEXVnttA6478wpzQAllk6Hpeg2Hb_xcDMS1V4duqyeFtN4QbS5ytRZEBdOGzcTZFJ5G6W4Q/s1600/Scanner_20170228+%252813%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="470" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPh9MFDOi0ljkVU3EOTMNJxUtLwnqCZS8z5EV9D404eLP6eIodRV6nGfr0gGqTtOwd4900yEXVnttA6478wpzQAllk6Hpeg2Hb_xcDMS1V4duqyeFtN4QbS5ytRZEBdOGzcTZFJ5G6W4Q/s640/Scanner_20170228+%252813%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Dicas úteis e atemporais.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFh5wtniJw5rVWOFlyeC2EatLCm25LpBPtiqbYYhTgWygFRcINkwcVXWrDC7LFPjnuYSzpjnl1fXkHckK51KwQL0KzJW9w8pyZjXmveYtHF2nklUbtEhClIQKCgDDtvQJK35SQLbfml88/s1600/Scanner_20170228+%252811%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFh5wtniJw5rVWOFlyeC2EatLCm25LpBPtiqbYYhTgWygFRcINkwcVXWrDC7LFPjnuYSzpjnl1fXkHckK51KwQL0KzJW9w8pyZjXmveYtHF2nklUbtEhClIQKCgDDtvQJK35SQLbfml88/s400/Scanner_20170228+%252811%2529.jpg" width="285" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Caprichamos nas dicas e na informalidade visual: simples porém bem-feito.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHv9-mneEDx3uV7H3X-PRShyphenhyphenx1bnRH7WOI1RR-r8oLTH9QmfmIuAux9sdlYYp4Uxv1m5QSg-sN7MT8hTS-OV6f0Nf7_p5amBD6FoMNYSRSOe5ocj8lJxy1g2ob4PpdsD8jMuMUh6SRoGU/s1600/Scanner_20170228+%252812%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHv9-mneEDx3uV7H3X-PRShyphenhyphenx1bnRH7WOI1RR-r8oLTH9QmfmIuAux9sdlYYp4Uxv1m5QSg-sN7MT8hTS-OV6f0Nf7_p5amBD6FoMNYSRSOe5ocj8lJxy1g2ob4PpdsD8jMuMUh6SRoGU/s640/Scanner_20170228+%252812%2529.jpg" width="446" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
A equipe.</div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-5908170078640638632017-02-28T12:34:00.000-08:002017-03-01T07:50:31.460-08:00Ana Paula falou de celulite quando isso era pecado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6oM5XP1pQbHymI6U-97ZzjieWLoNTE7BhivlE0SPpeh0oAJhaOE1lvMiqOEB8L0flEVIHhHkDbERCCzZZefMDZJnPeW_ueSKjehQgQ3Kr9lmR2OdcXSd_Kmcl-EaOgZA65l2TibzE7w/s1600/Boa+Forma+DEZ+97+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6oM5XP1pQbHymI6U-97ZzjieWLoNTE7BhivlE0SPpeh0oAJhaOE1lvMiqOEB8L0flEVIHhHkDbERCCzZZefMDZJnPeW_ueSKjehQgQ3Kr9lmR2OdcXSd_Kmcl-EaOgZA65l2TibzE7w/s640/Boa+Forma+DEZ+97+1.jpg" width="491" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Dezembro de 1997: minha capa na revista BOA FORMA com a modelo e atriz Ana Paula Arósio. Na época, ela era considerada um dos rostos mais lindos do mundo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaSLARrCKvTIZuisd6PpDYL9pNQprK97dt5XwH4jGO92VDCx2z04yQIS7Bo8Z6G9Jc2jO9B2F39LaxtDV8kvoHmSnVk9E4P_XbAChQ751QCASlMsl7Xro1UJ_ueyKsaK7IRca6RF3WeRE/s1600/Scanner_20170228+%25283%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaSLARrCKvTIZuisd6PpDYL9pNQprK97dt5XwH4jGO92VDCx2z04yQIS7Bo8Z6G9Jc2jO9B2F39LaxtDV8kvoHmSnVk9E4P_XbAChQ751QCASlMsl7Xro1UJ_ueyKsaK7IRca6RF3WeRE/s640/Scanner_20170228+%25283%2529.jpg" width="488" /></a></div>
Equipe da revista dá boas-vindas à 1998!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNQ9XqVX7fzivxtZL2NUS3OXMhHPDyijiCVP41hOBgCwqn1Oy3dVwOOnMJppauIhKsbRcuYtEkrlHVhVt0xNdLctEbtu_zgAOl0RAB5uxPjJzwiOnZNUuUFvc4HIrhyUeXXITjuV2Nyk/s1600/Scanner_20170228+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtNQ9XqVX7fzivxtZL2NUS3OXMhHPDyijiCVP41hOBgCwqn1Oy3dVwOOnMJppauIhKsbRcuYtEkrlHVhVt0xNdLctEbtu_zgAOl0RAB5uxPjJzwiOnZNUuUFvc4HIrhyUeXXITjuV2Nyk/s640/Scanner_20170228+%25282%2529.jpg" width="494" /></a></div>
Tô logo abaixo, à esquerda, de cabelo ruivo e calça preta.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlqLQvCVfw_sFocas0G0pfADMqThv1xELcx_SyF9cH4mb8DVF0VhRjQamrmpmfVJSqdH_fiLQVhf7YU1ndUof56qnP2SZQn6MjhJzWb1OS7lyHAbPScjL1zElcmzVbKtJpzIP6JcLrc4E/s1600/Scanner_20170228.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlqLQvCVfw_sFocas0G0pfADMqThv1xELcx_SyF9cH4mb8DVF0VhRjQamrmpmfVJSqdH_fiLQVhf7YU1ndUof56qnP2SZQn6MjhJzWb1OS7lyHAbPScjL1zElcmzVbKtJpzIP6JcLrc4E/s400/Scanner_20170228.jpg" width="305" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Sumário: a coordenação de produção da capa foi de Tina Kugelmas.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEAIbokOM8c9b32az4r_niLz0Bhr0rAJ6EblBWoc9gfsp7tmco-IG3EamSGgVyus_qGk2A2rtZGYiLQ82SioM2-1042i4ozs-D83Im2ETSZtQ1cWxvHer4rIvGHl1o-rf1IaujVZ6kpx4/s1600/Scanner_20170228+%25284%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEAIbokOM8c9b32az4r_niLz0Bhr0rAJ6EblBWoc9gfsp7tmco-IG3EamSGgVyus_qGk2A2rtZGYiLQ82SioM2-1042i4ozs-D83Im2ETSZtQ1cWxvHer4rIvGHl1o-rf1IaujVZ6kpx4/s400/Scanner_20170228+%25284%2529.jpg" width="303" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"Bonita demais" foi o título da matéria. Eu queria outro.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimtTIJz8lCHpKEjnGXE7HToi0gWguccCcJZY-hearze7oFOwzCvEywOWaUs4kd0EGLeEsS9q0ce4-VS9fSMo0Wtp7P7mXi3YIwGX-asc-CbCdU6DPUFeNO1J3XEKpH2ZbAZto_6bpK8uk/s1600/Scanner_20170228+%25285%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimtTIJz8lCHpKEjnGXE7HToi0gWguccCcJZY-hearze7oFOwzCvEywOWaUs4kd0EGLeEsS9q0ce4-VS9fSMo0Wtp7P7mXi3YIwGX-asc-CbCdU6DPUFeNO1J3XEKpH2ZbAZto_6bpK8uk/s640/Scanner_20170228+%25285%2529.jpg" width="488" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"Eu tenho celulite" era meu título. Ana foi a primeira celebritie a dizer isso abertamente.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPBfhZPQ45w5VvbDV58JGkAXaDLW4HZ1FjVdtsmxk6ayaBVBewEKd0zOVS-CfLTV47TKJTKo46vyFtsewwTly_af6RSLCus1hIUzKHOnuVrsVlf_KO-PcaJKHEwmC0TTT4jGUy3xSoNv0/s1600/Scanner_20170228+%25286%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPBfhZPQ45w5VvbDV58JGkAXaDLW4HZ1FjVdtsmxk6ayaBVBewEKd0zOVS-CfLTV47TKJTKo46vyFtsewwTly_af6RSLCus1hIUzKHOnuVrsVlf_KO-PcaJKHEwmC0TTT4jGUy3xSoNv0/s640/Scanner_20170228+%25286%2529.jpg" width="500" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Ela mandou essa quando perguntei sobre celulite. "As pessoas devem encarar celulite como pêlo encravado. É uma anomalia, mas existe, ué! Vai fazer o quê?".</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKgLl0SNdCKxGuJdUPjk0iij9Jep4liEUdiM2AnZS5KK9PJIiVzBviEPgi7sWVpvdLayAUIt3jpqERRSnOngetG-AnVS6w7nhzYkdbVC6Vkfa2jsYGC6Wn-5OPugad4VJXhJfohDZIqvg/s1600/Scanner_20170228+%25287%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKgLl0SNdCKxGuJdUPjk0iij9Jep4liEUdiM2AnZS5KK9PJIiVzBviEPgi7sWVpvdLayAUIt3jpqERRSnOngetG-AnVS6w7nhzYkdbVC6Vkfa2jsYGC6Wn-5OPugad4VJXhJfohDZIqvg/s640/Scanner_20170228+%25287%2529.jpg" width="486" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Ansiedade zero. Sucesso de Ana Paula também era a paz.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9iOiefnTLFpr4elUpwFz6NrRhgABzQO24XLqHcO_24cbHFeEMrn5qnggnk5PGM-9NOtnvbxCzReblg2kK5rQ_C5CTQvUdPtlP6ayFE1Q-RuVtNJlAieNaNkfbySQRFyxBZe_PxrAk08/s1600/Scanner_20170228+%25288%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9iOiefnTLFpr4elUpwFz6NrRhgABzQO24XLqHcO_24cbHFeEMrn5qnggnk5PGM-9NOtnvbxCzReblg2kK5rQ_C5CTQvUdPtlP6ayFE1Q-RuVtNJlAieNaNkfbySQRFyxBZe_PxrAk08/s640/Scanner_20170228+%25288%2529.jpg" width="462" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
"O kung fu aumenta o poder de decisão", ela diz nessa entrevista.</div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-54152271649203713482017-02-28T11:21:00.000-08:002017-03-01T10:54:52.460-08:00Assinei perfil não autorizado de Maria Bethânia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Fiz a reportagem que ganharia texto final de Fred Suter - e chamada tarja preta na capa.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglYoQM7dbW6ccCtfisULEOx5Cozn3eeJWbkwU5VwNor8qakeHJe0exoBu9QS_tm1YEG-06ZTEJk27bvxvVOIAlUkGVSDQ2WcvSCHLLqlncIj3gEXX0f_-lzWZDJA02oPjVF2t74xbYMoM/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+1+SET94.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglYoQM7dbW6ccCtfisULEOx5Cozn3eeJWbkwU5VwNor8qakeHJe0exoBu9QS_tm1YEG-06ZTEJk27bvxvVOIAlUkGVSDQ2WcvSCHLLqlncIj3gEXX0f_-lzWZDJA02oPjVF2t74xbYMoM/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+1+SET94.jpg" width="464" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Era setembro de 1994 e quem me chamou foi a jornalista Elda Priami.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDmperv4L87p_wdMyJ4PLISOu2G8iL3DrRRT0eTuLR6BhTRXyGHrsjf9Qz8QP1W5CqxHtaHV6W46toZpfLLKA220CepvLTozKdEmMsd_i-SOw-csjfh-qh17721HjTQr9FdR4PP6aBNMc/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDmperv4L87p_wdMyJ4PLISOu2G8iL3DrRRT0eTuLR6BhTRXyGHrsjf9Qz8QP1W5CqxHtaHV6W46toZpfLLKA220CepvLTozKdEmMsd_i-SOw-csjfh-qh17721HjTQr9FdR4PP6aBNMc/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+2.jpg" width="468" /></a></div>
Eu tinha 27 anos e pouca experiência para assinar sozinha em INTERVIEW.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsVPq2kPVd2ErkZeYm7mPkdSuKq0iPSRoj0Tc6QFuLEKHZc0xurqycxTgq2UCjplSV7vKCNESSyz3ezB5tjlxXP55ShshP0VUmUqKshbYazWAn7Hjel2Wgt-H0OaqPYI6tRJArX03fDi0/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsVPq2kPVd2ErkZeYm7mPkdSuKq0iPSRoj0Tc6QFuLEKHZc0xurqycxTgq2UCjplSV7vKCNESSyz3ezB5tjlxXP55ShshP0VUmUqKshbYazWAn7Hjel2Wgt-H0OaqPYI6tRJArX03fDi0/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+3.jpg" width="481" /></a></div>
Mas caprichei na apuração. Era 1994, eu morava no Rio de Janeiro e já amava trabalhar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1tn4FM3emVorbbWbZ2bMEakyqcFeCRk9vREycqO2RoAv7x4ZOQFwqrulB9SVnyh7kiHmcDPVuzs3KK6urGR8IBTa8_3WyPEKdS7WtEs4j_meVo-8s3Z_1-Ty0TZTqAlfExKKMK9csLhQ/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1tn4FM3emVorbbWbZ2bMEakyqcFeCRk9vREycqO2RoAv7x4ZOQFwqrulB9SVnyh7kiHmcDPVuzs3KK6urGR8IBTa8_3WyPEKdS7WtEs4j_meVo-8s3Z_1-Ty0TZTqAlfExKKMK9csLhQ/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+4.jpg" width="486" /></a></div>
Tanto que eu fazia "dois turnos": atuava como frila-fixo na redação de CARAS na Torre do Rio Sul das 9h às 16h, e, depois, fazia de casa frilas para o Palmério Dória, que era redator-chefe de INTERVIEW e diretor de redação de INTERVIEW SEXY.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ2uoGl-6sedudXlKHKu8zIidEOkDY1mjVfKitROPztndUcmPiyzYZyMlgczBrm6n0aFiOCL_zYd_Hy4-_rWgjFjI1MiqcshqhsDK76Vuw0mhE5uNM7KDjJMBh8xE7kVUbgE7cAfbzGSg/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ2uoGl-6sedudXlKHKu8zIidEOkDY1mjVfKitROPztndUcmPiyzYZyMlgczBrm6n0aFiOCL_zYd_Hy4-_rWgjFjI1MiqcshqhsDK76Vuw0mhE5uNM7KDjJMBh8xE7kVUbgE7cAfbzGSg/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+5.jpg" width="478" /></a></div>
Vinte anos mais velho que eu, o jornalista Fred Suter assinou o texto final. Nunca o conheci pessoalmente, mas estar nas páginas de INTERVIEW com ele me deu gás para seguir perseguindo os melhores. Quem é bamba sabe como eu persigo mesmo (alô, Cynthia de Almeida!).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPnNh9v3OrRz2HyTFHM57kJ1LfSkSKodMKnx1unrYWg-yyv29DSiLpwsQsLspIz4YTuFsZlnLAtdBR1dlLyqYQrWGbULehdpcGMa9MKV0gmiVaw0762JtOT5w0EffnlfQ7dLSM3VUl8p8/s1600/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPnNh9v3OrRz2HyTFHM57kJ1LfSkSKodMKnx1unrYWg-yyv29DSiLpwsQsLspIz4YTuFsZlnLAtdBR1dlLyqYQrWGbULehdpcGMa9MKV0gmiVaw0762JtOT5w0EffnlfQ7dLSM3VUl8p8/s640/Interview+Maria+Beth%25C3%25A2nia+6.jpg" width="487" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Assinei no rodapé quando ainda usava o sobrenome do meu pai.</div>
</div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com3São Paulo, SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-78432907909713397932016-08-07T09:32:00.001-07:002016-10-10T14:40:43.559-07:00O rio e as margens de José Geraldo Couto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRU_9eMh0b0OVJt6BaJqI6TwvLz3KWqCRpn4I4pnwB0UPZfiRiBs_sw1DB4zk1rXDDbgka5mb7ow_ynq6Aki3tg9vzFd2oLPfgPfPKcy3vlTe4787LdTsyu22t5gbfELHh169asQpReDc/s1600/rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRU_9eMh0b0OVJt6BaJqI6TwvLz3KWqCRpn4I4pnwB0UPZfiRiBs_sw1DB4zk1rXDDbgka5mb7ow_ynq6Aki3tg9vzFd2oLPfgPfPKcy3vlTe4787LdTsyu22t5gbfELHh169asQpReDc/s1600/rio.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Esse texto que eu amo (e, por isso, o transcrevo abaixo), <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk0105201019.htm" target="_blank">"O rio e as margens"</a>, foi publicado em 01 de maio de 2010 na Folha de São Paulo, jornal em que o crítico de cinema e jornalista José Geraldo Couto trabalhou por mais de 20 anos:<br />
<br />
<i>"Cada pessoa reage de um modo diferente a situações de pressão. Disso resultam em grande parte a diversidade, o fascínio e também as dificuldades e os perigos da convivência humana. Tudo isso para falar de Diego Souza e sua reação desaforada e intempestiva às vaias que parte da torcida palmeirense dirigia a ele no Parque Antarctica na noite de anteontem.</i><br />
<i>Longe de querer justificar ou, ao contrário, condenar os gestos desse tipo, sempre procuro me colocar por um momento no lugar do personagem em questão. Recentemente, por exemplo, Ronaldo, conhecido por sua educação e simpatia, mostrou o dedo médio em riste para torcedores que o hostilizavam à saída de um jogo. Dodô, quando ainda atuava no São Paulo, mandou uma 'banana' para a torcida tricolor que o vinha vaiando sistematicamente. Sem pensar muito no assunto, na época, cheguei a defender o desaforo do jogador como uma atitude humana, demasiado humana.</i><br />
<i>Há um poema de Brecht que considero iluminador. Diz algo como: 'Do rio que transborda, arrastando e destruindo tudo à sua volta, diz-se violento. Mas ninguém chama de violentas as margens que o comprimem'. Embora de intenção política, o poema vale também para a psicologia individual, para o caráter mais ou menos legítimo de desabafos, explosões de fúria, situações em que o sujeito transborda, 'sai de si'. Desde que não causem dano direto a outras pessoas, perdoamos essas explosões porque nos identificamos com elas, sabemos que somos passíveis de fazer algo parecido dependendo da situação. É fácil dizer: 'Mas um atleta profissional tem que estar preparado para enfrentar a pressão da torcida, a cobrança dos dirigentes, o assédio da mídia'. Muito mais difícil é, numa situação correlata, manter os nervos no lugar.</i><br />
<i>Cada indivíduo tem um pavio de tamanho diferente. Admiro a frieza e o 'savoir faire' de certos craques, que parecem crescer em contextos adversos. Romário é o caso supremo. Dava a impressão de até gostar de ser provocado, insultado, caçoado. Isso parecia aguçar seus instintos matadores. Lembro-me de um Corinthians x Flamengo, no Pacaembu, nos anos 90, quando o craque atuava pelo rubro-negro. Toda vez que ele pegava na bola, a Fiel o saudava com o coro de 'Romário, veado'. Meu filho, então com uns oito anos, e corintiano como eu, aderiu alegremente ao coro, servindo-se daquela lei tácita das arquibancadas que permite às crianças falarem palavrão na frente dos adultos e vice-versa. Eu só disse a ele: 'Não provoca a fera'.</i><br />
<i>Dito e feito. Flamengo 2 a 1, com dois gols de Romário. Em cada um deles, o craque correu perto do alambrado com a mão em concha em torno do ouvido, pedindo com a outra que a torcida elevasse o volume das vaias. Foi arrepiante. Uma coisa é admirar a frieza de Romário, outra exigir que um Diego Souza tenha a mesma reação. Simplesmente porque ele é Diego Souza, não Romário. É aí que entra a psicologia, de certo modo a ciência que estuda os limites de cada indivíduo e o melhor modo de lidar com eles. Mas, no mundo do futebol, ainda há quem ache que psicologia é frescura."</i><br />
<br />
* transcrição do artigo "O rio e as margens", de José Geraldo Couto)Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-11962978265897801662016-02-21T09:54:00.000-08:002016-02-21T09:58:38.904-08:00"Não seja um repórter qualquer", diz Talese<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtRdzatLY5KqcIjKcYobPvb3uZekfY6ulVUPr3z0PB_5Ls-1_b17sXNXbH4lnpxaZ_aMAQ0i3xNmBFxgSxCJ5f4Nnnk84l7kMJeZlMAICHHK0SAfOMFZf0yr5kxSuFfzkv8acbUdjYqJw/s1600/gay+talese+folha.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtRdzatLY5KqcIjKcYobPvb3uZekfY6ulVUPr3z0PB_5Ls-1_b17sXNXbH4lnpxaZ_aMAQ0i3xNmBFxgSxCJ5f4Nnnk84l7kMJeZlMAICHHK0SAfOMFZf0yr5kxSuFfzkv8acbUdjYqJw/s320/gay+talese+folha.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Foto: Daigo Oliva/Folhapress</span></i></div>
<br />
Elegância rima com perseverança, ingrediente que não pode faltar para um jornalista, segundo o pai do new journalism Gay Talese. "Você não pode ser um repórter como qualquer outro", afirma Gay Talese, em entrevista à Folha de São Paulo. "Tem que ter perseverança, ego e até arrogância." <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2012/05/1098182-jornalismo-e-como-seducao-diz-gay-talese.shtml" target="_blank">Clique aqui para ler a entrevista completa</a>.Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-73115733129213668892016-02-05T09:27:00.002-08:002016-02-05T11:04:12.948-08:00Pulp magazine<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTb2YIl7qrh3a0bb4UaOct3ZCOI-kk8niuhqgzQCfyptDTA338CBZ-2KRM1bXsVDS9T4oYkCR1Lf_oG1c-2jLolBHmqsTkQkmIkpffZb0YL2bRMWhPcDG-TCHT3Ifslo0M5Mjr5MoG3ts/s1600/revista+avon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTb2YIl7qrh3a0bb4UaOct3ZCOI-kk8niuhqgzQCfyptDTA338CBZ-2KRM1bXsVDS9T4oYkCR1Lf_oG1c-2jLolBHmqsTkQkmIkpffZb0YL2bRMWhPcDG-TCHT3Ifslo0M5Mjr5MoG3ts/s400/revista+avon.jpg" width="276" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="font-size: small;">Foto: kocojim via Flickr</i></div>
<div>
<br /></div>
No estilo "pulp magazine" (baratinha, meio policialesca), essa revista foi lançada pela Avon Publicações em 1949. A capa vende "short fiction", "A Maldição dos Mil Beijos", do romancista inglês Sax Rohmer, criador do personagem Fu Manchu, mestre do crime. Custava uns dez centavos cada edição cheia de mistério, romance, humor e aventura.Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-28958810123121351702016-02-03T12:43:00.000-08:002016-02-05T10:04:35.150-08:00Medalhas do jornalismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOZ4Hc7ilg7RMs0BwNisgDXPEquVsBNsMdobw1KZ5lU0dr39sFeCEPBQV-7imIJnK8S3uOop6cFVwmfY5FR8_RNPppJwJJcJK89pXfYnuVHSFKQ8xKTaiYjTtaeE-NFVRlHUnGWR104p0/s1600/Medalhas+do+jornalismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOZ4Hc7ilg7RMs0BwNisgDXPEquVsBNsMdobw1KZ5lU0dr39sFeCEPBQV-7imIJnK8S3uOop6cFVwmfY5FR8_RNPppJwJJcJK89pXfYnuVHSFKQ8xKTaiYjTtaeE-NFVRlHUnGWR104p0/s1600/Medalhas+do+jornalismo.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">"No jornalismo, crônica ou artigo é bronze; </span><br />
<span style="font-size: large;">entrevista, prata; e reportagem, ouro"</span></div>
<div style="text-align: center;">
Mylton Severiano, jornalista, autor de <i>Realidade - História de Revista que Virou Lenda</i></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com1São Paulo, São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-10142389491349039592015-12-25T10:20:00.001-08:002016-01-18T12:42:15.605-08:00Bons repórteres atraem a notícia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxon77nV5hmJhKmPGeTzkJUi8pW49NQrix_3NLEcccyAYTcx8YjDfPot0vYT2TmaQVsoeJpKjAz62qlJaUcFXbWDgnEzv_ZMBiJs39g_P02RFcF_a_GMpFdOYZflG_qm071yXuCt0hTGA/s1600/Eu+e+Guga+Floripa-2002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxon77nV5hmJhKmPGeTzkJUi8pW49NQrix_3NLEcccyAYTcx8YjDfPot0vYT2TmaQVsoeJpKjAz62qlJaUcFXbWDgnEzv_ZMBiJs39g_P02RFcF_a_GMpFdOYZflG_qm071yXuCt0hTGA/s400/Eu+e+Guga+Floripa-2002.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: Mylton Severiano</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Eu e Guga, num restaurante qualquer de Floripa, ano 2002. Naquele dia, eu discutia com meu pai, meu mestre na profissão de jornalista, sobre como bons repórteres atraem a notícia. Eu estava teimando que não era bem assim, que esse papo de "ter estrela" nem sempre é real, e tal. Daí o Guga apareceu do nada. E calei a boca, claro. Sim, pai, você tinha sempre razão. Bons repórteres atraem a notícia, assim como bons profissionais, em qualquer área, atraem as melhores oportunidades. Ser positivo é isso.Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-41996175899492514722015-12-25T10:10:00.001-08:002015-12-25T10:10:55.284-08:00PLANETA: a revista que abriu horizontes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDwr7awAoGkEK7TB4g4Tq-uqOkEK_ZBDk-3vJpGm9Gh8v4cW_RbGA2KKbT3F6Xj1KTnSYfRyfND0iBJPkvwpEqKfsdHKfAGD6RvDUwkC3dR8pgq_cJx210R1GkVUdf6G5buRjcYjXXYY/s1600/Planeta+revistas+1.jpe" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMDwr7awAoGkEK7TB4g4Tq-uqOkEK_ZBDk-3vJpGm9Gh8v4cW_RbGA2KKbT3F6Xj1KTnSYfRyfND0iBJPkvwpEqKfsdHKfAGD6RvDUwkC3dR8pgq_cJx210R1GkVUdf6G5buRjcYjXXYY/s320/Planeta+revistas+1.jpe" width="320" /></a></div>
<br />
Remendados com fita crepe, guardo esses dois exemplares da revista PLANETA há 33 anos e, usando a expressão dos místicos medievais, "senti e saboreei intimamente" cada trecho da sua história (<a href="http://www.revistaplaneta.com.br/o-inicio-da-aventura/" target="_blank">leia a história da revista clicando aqui</a>).<br />
<br />
"Até ela [a revista PLANETA] surgir, ninguém havia falado de teosofia, Madame Blavatsky, Loren Eiseley, Gurdjieff, Nicolas Flamel,, alquimia... - a não ser grupos muitos restritos, que comecei a descobrir. A revista abriu caminhos. Egito, Atlântida, deuses astronautas...".<br />
<br />
"A revista me mostrou que eu não devia ter medo nem do fantástico, nem do absurdo, porque o absurdo é mais real do que a própria realidade. e também que eu não devia duvidar de nada."<br />
Ignácio de Loyola Brandão, jornalista, escritor e primeiro diretor da revista PLANETAEditado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo, São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-63272890565178303832015-07-13T12:47:00.003-07:002015-07-13T13:04:19.536-07:00Textos legais para reler<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkD2NBU4IOOzM0RJ38JIkjfjlwc1-T30JojE3kUGTiFwvkPSDriXsubHUwiSb6YeQ2rnqC9o8A1UbVb37Bk0ObIB-2u2vydmT8rOYMnIcZr-7WXDuUlMWVm5tcZo6Sb8LC30EHALDfDg0/s1600/Sergio+Augusto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkD2NBU4IOOzM0RJ38JIkjfjlwc1-T30JojE3kUGTiFwvkPSDriXsubHUwiSb6YeQ2rnqC9o8A1UbVb37Bk0ObIB-2u2vydmT8rOYMnIcZr-7WXDuUlMWVm5tcZo6Sb8LC30EHALDfDg0/s1600/Sergio+Augusto.jpg" /></a></div>
Esse aqui é do colunista Sérgio Augusto, que escreve aos sábados no Estadão, em revezamento com Marcelo Rubens Paiva. Na <a href="http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,quase-memorabilia-imp-,1612524" target="_blank">coluna "Quase Memorabilia" de 27DEZ14</a> ele escreve sobre suas lembranças e conta que:<br />
* Wagner tocava piano mal.<br />
* Vinicius de Moraes se impressionou com o sovaco de Ingrid Bergman, que sobre a cabeça do poeta passou numa banca de jornais de Los Angeles.<br />
* William Faulkner por pouco não levou bomba na Universidade de Mississipi. Em inglês.<br />
* Flaubert, zeloso mas distraído, deu olhos castanhos a Madame Bovary num capítulo e pretos noutro.<br />
* Aquiles, por ser destro, na descrição de Homero, não podia ter enfiado sua lança no pescoço de Heitor com a mão esquerda, conforme se vê num desenho de Rubens exposto no Museu de Roterdã.<br />
E por aí vai.Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-62581903983496972852015-04-21T07:43:00.001-07:002015-04-21T10:49:30.138-07:00A pior droga é a desinformação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqGkLvtlq1eK8GCluYvjKMoXWiyJTgbfKBS9lQPmBGIaOYbsTj9QnXGuLHyTDyphiUe9oKybIqg46dPiUZBcEBgWjeiDCiiIZmEHUuv-LbLT_9uyOMIkZQbjW8VMoeHY7BpK0QQx-_iVg/s1600/se+liga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqGkLvtlq1eK8GCluYvjKMoXWiyJTgbfKBS9lQPmBGIaOYbsTj9QnXGuLHyTDyphiUe9oKybIqg46dPiUZBcEBgWjeiDCiiIZmEHUuv-LbLT_9uyOMIkZQbjW8VMoeHY7BpK0QQx-_iVg/s1600/se+liga.jpg" height="320" width="220" /></a></div>
Reportagem sobre drogas tem aos montes, a maioria em cima da mesma tecla, "legalizar ou não?". Neste livro, encontrado <a href="http://www.estantevirtual.com.br/busca?q=se+liga+livro+drogas" target="_blank">no sebo estante virtual</a>, o jornalista Mylton Severiano (meu falecido pai e mestre, a quem devo a criação deste blog) enriquece a conversa partindo de uma questão básica que jornalista nenhum pode ignorar ao pegar esse tema pela frente: "Por que o ser humano usa drogas?"<br />
<br />
Em 11 capítulos, o livro fala de álcool, anfetaminas, ayhuasca, cocaína, crack, ecstasy, haxixe, LSD, maconha, opiáceos e tabaco -tanto drogas lícitas quanto ilícitas. "Se Liga - O Livro das Drogas - O que pais e filhos, mestres e alunos devem saber antes de aprovar ou condenar" tem reportagem de Davi Molinari, prefácio de Caco Barcellos, entrevista com Erasmo Dias e participação especial de Luiz Sergio Modesto. Editora Record, 1997. Como diz o autor logo no início, "a pior droga é a desinformação".Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-79146650986611197972015-04-05T17:16:00.001-07:002015-04-21T08:01:43.765-07:00A natureza finita da vida humana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9x6uebis8afv1ZwaB3kMPpoWSuqrPy6zLxBaQzF9-Y7JYBlpSASsJWUEWxwVkvFVXuTgpHx43_JAc8kVCG5vEu3_39YqnEzyN1MXWSJ2IIfPuMOyVn5TecljRM6t5G7zu5yT-HzPwKqM/s1600/Seneca+busto+2+wikipedia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9x6uebis8afv1ZwaB3kMPpoWSuqrPy6zLxBaQzF9-Y7JYBlpSASsJWUEWxwVkvFVXuTgpHx43_JAc8kVCG5vEu3_39YqnEzyN1MXWSJ2IIfPuMOyVn5TecljRM6t5G7zu5yT-HzPwKqM/s1600/Seneca+busto+2+wikipedia.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
"Cada um se lança à VIDA, sofrendo da ânsia do futuro e do tédio do presente. Mas aquele que utiliza todo o tempo apenas consigo mesmo, que organiza os dias como se fosse o último, não deseja, nem teme o amanhã."</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Lúcio Anneo Seneca (4 a.C. - 65), filósofo</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
* * *</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
"Sobre a Brevidade da Vida" é o livro ideal para quem se sente perdendo tempo mas jamais desiste de realizar uma obra maior.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEienNNiuNZRr1dOdXdpzmM3oeGNt7Gs5j61E0cY07zOpu1ALZKJqR2kH2RESr2xqtVdH-vr_y_l2HIIUCCEj2jz2AfsWkpsk-4Lykj6gUl34H8SWnQgffvwXDYhZvED5kBDV-IXDXiF-1M/s1600/Seneca+busto+3+livro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEienNNiuNZRr1dOdXdpzmM3oeGNt7Gs5j61E0cY07zOpu1ALZKJqR2kH2RESr2xqtVdH-vr_y_l2HIIUCCEj2jz2AfsWkpsk-4Lykj6gUl34H8SWnQgffvwXDYhZvED5kBDV-IXDXiF-1M/s1600/Seneca+busto+3+livro.jpg" height="319" width="320" /></a></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-61404391569566115092015-03-08T15:01:00.003-07:002020-09-01T09:55:15.997-07:00Marilyn Monroe em antologia de Fábio Altman<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieugpyWc8xyATp2GO_atGsicqfXsjvOieSJWR_UdMd-IeqSVuMtxtrkZ8o82qtQvD1dPQCjExkEld1ZTM2qU5XW6l84lFuaaBFlzPqtexpFUATHJQ0xQkteVYFAufNR3MTV8hQgaprkQs/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman+Marilyn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieugpyWc8xyATp2GO_atGsicqfXsjvOieSJWR_UdMd-IeqSVuMtxtrkZ8o82qtQvD1dPQCjExkEld1ZTM2qU5XW6l84lFuaaBFlzPqtexpFUATHJQ0xQkteVYFAufNR3MTV8hQgaprkQs/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman+Marilyn.jpg" height="400" width="207" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Em sua edição original, esse livro organizado pelo jornalista Fábio Altman reúne 55 entrevistas publicadas entre 1823 e 1992. As mulheres ouvidas nele são seis:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
1. Greta Garbo</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
2. Gertrude Stein</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
3. Marilyn Monroe</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
4. Leila Diniz</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
5. Margareth Tatcher</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
6. Bette Davis</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglz5a0cMssthPRYpOR6qY7F32rR7q3bw7JhBL72hwkqDa49WKHH80ThTaIqB8TT4OMgdlbYV2rMZ_elJ_pFMICU_2I-rfRjZZSwepC4TF8kySUCkdQHhj62FAyWrZs7INXTpwpiA7RFR0/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglz5a0cMssthPRYpOR6qY7F32rR7q3bw7JhBL72hwkqDa49WKHH80ThTaIqB8TT4OMgdlbYV2rMZ_elJ_pFMICU_2I-rfRjZZSwepC4TF8kySUCkdQHhj62FAyWrZs7INXTpwpiA7RFR0/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman.jpg" height="320" width="220" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;">Só achei essa antologia à venda no site Estante Virtual (</span><a href="http://www.estantevirtual.com.br/b/fabio-altman/a-arte-da-entrevista/3143822975?q=a+arte+da+entrevista" style="text-align: start;" target="_blank">clique aqui para ver</a><span style="text-align: start;">). </span>Outros nomes destacados pelo autor são: Al Capone, Pablo Picasso (abaixo, à frente da obra <i>A Cozinha</i>), Norman Mailer, John Lennon, Fidel Castro e Salman Rushdie.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWZcn6yoEn02A059zwB-C01Qzy-kBGjhDQm15VxSjisnh7HZUKNWWt5TZPHzoL7jjill4g06vtZGkFgVSO0-OCoH770TxCXE5pFcgDwrZm98tGafRfPBlDDXyRioDTooV8ImlOcQ8FonE/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman+Picasso+Kitchen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWZcn6yoEn02A059zwB-C01Qzy-kBGjhDQm15VxSjisnh7HZUKNWWt5TZPHzoL7jjill4g06vtZGkFgVSO0-OCoH770TxCXE5pFcgDwrZm98tGafRfPBlDDXyRioDTooV8ImlOcQ8FonE/s1600/A+Arte+da+Entrevista+Fabio+Altman+Picasso+Kitchen.jpg" height="400" width="304" /></a></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-24966917242730240442015-03-03T13:20:00.001-08:002015-03-03T13:21:13.944-08:00Acerte na mosca que só você vê!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHST4qzpACzRyPb15PHPBv5g2wsA2mH9K9jrTJBSDkPXGeNXz5IU4XvCV9d9231KpHQp_d8Es_0YqgVN9yzcQsPL3v_57nptfV3xmRD6L3hpF9TDXG5T9oLIpm674N98TAhS5po9ZMbEA/s1600/Schopenhauer+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHST4qzpACzRyPb15PHPBv5g2wsA2mH9K9jrTJBSDkPXGeNXz5IU4XvCV9d9231KpHQp_d8Es_0YqgVN9yzcQsPL3v_57nptfV3xmRD6L3hpF9TDXG5T9oLIpm674N98TAhS5po9ZMbEA/s1600/Schopenhauer+2.jpg" height="320" width="233" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"O gênio atinge o alvo que os outros não conseguem enxergar"</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Arthur Schopenhauer, filósofo alemão (1788-1860)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_Dbg6sH_Q_EWCldbE-EfdZ3ESn35kUk3RsaQ0SBssIS4zMGVrDPfZQS8xLZD4sVcIky6og-6UQQmCF84pihjS20k33fJh67liDCuiBP7KBP9sl93H54m7c1kHkdCYwNm7An9I0wkbI8/s1600/Schopenhauer+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_Dbg6sH_Q_EWCldbE-EfdZ3ESn35kUk3RsaQ0SBssIS4zMGVrDPfZQS8xLZD4sVcIky6og-6UQQmCF84pihjS20k33fJh67liDCuiBP7KBP9sl93H54m7c1kHkdCYwNm7An9I0wkbI8/s1600/Schopenhauer+1.jpg" height="200" width="161" /></a></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-89559584953831814832015-03-01T18:36:00.002-08:002015-03-02T12:47:06.054-08:00O casamento perfeito de imagem & texto<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Ele se chama <span style="font-size: large;">infográfico</span>. Em uma linguagem menos poética, ele é o conjunto de recursos visuais usados para sintetizar uma ideia. Abaixo, um exemplo de <span style="font-size: large;">infográfico</span> de bom gosto sobre "O Impacto da <span style="font-size: large;">Tecnologia</span> no <span style="font-size: large;">Jornalismo</span> Tradicional".</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF13R0kFNqWGImwE1m8jSkAanmBSFIF9ZBcw4xMgwD_STwAkQhiqI5HqWpJKNsrlQKbgYl8fqvJfNNvFZT22yqa1gsxRk1EoZQcaFow846abAhejlmKSpCxk9mO_N3nwlCgKQYXnzYLDM/s1600/jornalismo+grafico+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF13R0kFNqWGImwE1m8jSkAanmBSFIF9ZBcw4xMgwD_STwAkQhiqI5HqWpJKNsrlQKbgYl8fqvJfNNvFZT22yqa1gsxRk1EoZQcaFow846abAhejlmKSpCxk9mO_N3nwlCgKQYXnzYLDM/s1600/jornalismo+grafico+1.jpg" /></a></div>
<br />Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-11756339221504686932015-02-26T14:23:00.001-08:002016-08-03T11:28:08.279-07:00Como realizar o impossível<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXmc7bV9eLZFSzs2YncIn6NVTeM5F6XQ9DhpU4yZgD0wMJa0vCNdkKLNAtJAOqnh5nagUL5H2YdWjxV9-CkfYtGeEl5QmbaTxegMru0pzNeTWeN27jJIlp16kZd4S1wAjm9rLPeX_SKU4/s1600/CNN+Atlanta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXmc7bV9eLZFSzs2YncIn6NVTeM5F6XQ9DhpU4yZgD0wMJa0vCNdkKLNAtJAOqnh5nagUL5H2YdWjxV9-CkfYtGeEl5QmbaTxegMru0pzNeTWeN27jJIlp16kZd4S1wAjm9rLPeX_SKU4/s1600/CNN+Atlanta.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Essa é a redação da CNN em Atlanta. A emissora a que todos assistem quando querem se informar estreou nos Estados Unidos em junho de 1980 debaixo de descrédito e zombaria: ninguém apostava no conceito de 24 horas de telejornalismo no ar. Seu líder, o empresário e esportista americano Ted Turner, tinha na equipe um bando de indomáveis.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
* * *</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;">"Vou fazer isso porque um monte de gente dos altos escalões riu de mim. Fiquem de olho. Sou como um buldogue, que morde e não larga mais. Sabe por que meu veleiro de competição chama Tenacious, cara? Porque eu nunca desisto. Tenho várias bandeiras em meu barco, mas nenhuma branca. Eu nunca me rendo", disse Turner à PLAYBOY.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ1Nhi6T9KY76uFuesHKUPpLMjEnLDdU9d5x72603GHvmgcrJrLQsusbBcD81bA1dTA6s_HiXipZGrLmegpkUtFep4jhmjBb5sa5ZUi5-VcSyoOqgQCvza3Kj4h_i4nNVLBlUyk1V07SA/s1600/CNN+Ted+Turner.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ1Nhi6T9KY76uFuesHKUPpLMjEnLDdU9d5x72603GHvmgcrJrLQsusbBcD81bA1dTA6s_HiXipZGrLmegpkUtFep4jhmjBb5sa5ZUi5-VcSyoOqgQCvza3Kj4h_i4nNVLBlUyk1V07SA/s1600/CNN+Ted+Turner.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Uma década depois, a emissora de Turner virou a mais importante rede internacional de notícias, famosa pela cobertura ao vivo dos grandes acontecimentos mundiais.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWBkPRw5iZdtFQRb-Ss4y6HFEcvthqyN5HMLO2xR4u7p54GWizDH637cHRtJrbLM2Ms1DQm3iNpzKnNSdCKRLychmV2k94TOYqOlHPkXLHPHZ3yh4XD4VvVe6zW5OFi3O2Nx_e67IfqIE/s1600/CNN+Ted+Turner+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWBkPRw5iZdtFQRb-Ss4y6HFEcvthqyN5HMLO2xR4u7p54GWizDH637cHRtJrbLM2Ms1DQm3iNpzKnNSdCKRLychmV2k94TOYqOlHPkXLHPHZ3yh4XD4VvVe6zW5OFi3O2Nx_e67IfqIE/s1600/CNN+Ted+Turner+1.jpg" /></a><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"Eu só queria ver se era possível chegar lá - como Cristóvão Colombo. Quando se cria algo que jamais foi feito antes, quando se navega por mares não mapeados sem ter certeza do destino, sem saber o que pode ser encontrado no final da jornada, pelo menos a gente está seguindo para algum lugar".</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
* * *</div>
<div style="text-align: center;">
Quem conta essa história é o jornalista e escritor americano Hank Whittemore, no livro CNN - A História Real, da editora Best-Seller (<a href="http://www.estantevirtual.com.br/b/hank-whittemore/cnn-a-historia-real/3732369511?q=cnn+uma+hist%F3ria+real" target="_blank">à venda na Estante Virtual</a>). </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimkbMWUQybNDHCfBKZQoIEWKJVUqNkbDmeyuEVgxyqi-qqow2xn5gQaWpoqktW6O4ko9mqle2DGaDnDj2kHuN_xrUoGgv-rExbcjNjb3a2D644xzeazMa_Plj236s6XRXrTXpAew9Cyuk/s1600/CNN+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimkbMWUQybNDHCfBKZQoIEWKJVUqNkbDmeyuEVgxyqi-qqow2xn5gQaWpoqktW6O4ko9mqle2DGaDnDj2kHuN_xrUoGgv-rExbcjNjb3a2D644xzeazMa_Plj236s6XRXrTXpAew9Cyuk/s1600/CNN+1.jpg" width="239" /></a></div>
</div>
</div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com2São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-10541937709238529142015-02-21T19:17:00.001-08:002015-02-21T19:17:40.566-08:00Dicionários para colecionar: Dificuldades da Língua<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Dificuldades com a língua portuguesa?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz8ZOKsctzWkDvFE78zbxkb_3OgDtndvWwctbQ2vi5H42zI0Fu7FCprHwRmkP6RN7t1ZVrKt5rj6C9LL0liuwGtALLWl1Wtuwg0Ynu7X9JGsTetSrP2_HCq2Rq2KyXZrUnFrY1nt6B1J0/s1600/Dicionario+Dificuldades+Lingua+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz8ZOKsctzWkDvFE78zbxkb_3OgDtndvWwctbQ2vi5H42zI0Fu7FCprHwRmkP6RN7t1ZVrKt5rj6C9LL0liuwGtALLWl1Wtuwg0Ynu7X9JGsTetSrP2_HCq2Rq2KyXZrUnFrY1nt6B1J0/s1600/Dicionario+Dificuldades+Lingua+2.jpg" height="198" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, do gramático e tradutor Domingos Paschoal Cegalla, explica, por exemplo, quando devemos escrever "Santo" e "São".</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Usa-se "Santo" antes de nomes iniciados por vogal (como Santo Antônio). Antes de nomes iniciados por consoantes, usa-se São (como São Francisco ou São José).</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV942pZ8XUld8k21ZPqqnMTdUQCp6YxovmkXRCKyIVVLYyNJuuz5hVoKyLvYzSBQVd0V4BuxD2TDhWps7xjEOKydC37kmNaYMzxKTOVYu4pMpFPIYkSgKAAjCH5pYrgHxE64cuTWEc6wM/s1600/Dicionario+Dificuldades+Lingua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV942pZ8XUld8k21ZPqqnMTdUQCp6YxovmkXRCKyIVVLYyNJuuz5hVoKyLvYzSBQVd0V4BuxD2TDhWps7xjEOKydC37kmNaYMzxKTOVYu4pMpFPIYkSgKAAjCH5pYrgHxE64cuTWEc6wM/s1600/Dicionario+Dificuldades+Lingua.jpg" height="320" width="230" /></a></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-90407213264936142992015-02-21T19:09:00.000-08:002015-02-22T13:29:37.571-08:00Fosfeno é cultura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq0Tqjru3_64KJVr8NOx8qfRc_qPNK8hQZQ4mOBZMi0zrcswART-Oe8CPewVTBB7SKZy8VPB2yYDEc6PJLvcjYudDzCmfUlDYbr4wXgS8OZRd_WLwaJgvgJZjG5K9psxyYjIbvKoNKiM0/s1600/Fosfeno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq0Tqjru3_64KJVr8NOx8qfRc_qPNK8hQZQ4mOBZMi0zrcswART-Oe8CPewVTBB7SKZy8VPB2yYDEc6PJLvcjYudDzCmfUlDYbr4wXgS8OZRd_WLwaJgvgJZjG5K9psxyYjIbvKoNKiM0/s1600/Fosfeno.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
Jornalista feliz é o que está sempre aprendendo palavras novas. Hoje descobri que FOSFENO significa aquela sensação luminosa provocada por outro agente que não a luz (pressão sobre o globo ocular ou estímulo elétrico).Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-7221867406471894732015-02-21T02:54:00.000-08:002015-02-21T03:03:13.876-08:00Toque de mestre com João Cabral de Melo Neto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Qualé o texto que você mais gosta? "Eu prefiro o seco, porque é contundente", ensina o poeta e diplomata pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999).</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuixTiKPd7zqPtsbWD1aHMtabMPp3lOOSlJJYIjhrGKLxSq9YeaFYhJTtZ0P3Lr67UBif8ChtyKLzL20fFqvOmyxej5Rxzeudi-_QX-7kCOGlWwcneASD0oigmTzy-RW7hLyB5A87c-0/s1600/Jo%C3%A3o+Cabral+de+Melo+Neto+e+a+filha+In%C3%AAz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuixTiKPd7zqPtsbWD1aHMtabMPp3lOOSlJJYIjhrGKLxSq9YeaFYhJTtZ0P3Lr67UBif8ChtyKLzL20fFqvOmyxej5Rxzeudi-_QX-7kCOGlWwcneASD0oigmTzy-RW7hLyB5A87c-0/s1600/Jo%C3%A3o+Cabral+de+Melo+Neto+e+a+filha+In%C3%AAz.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Inêz Cabral e o pai, o poeta e diplomata João Cabral de Melo Neto</i><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
* * *</div>
<div style="text-align: center;">
"Editar é cortar palavras", dizem os bons. Essa tesourinha aí deve ser sua amiga. O texto tá chato? Corte sem dó. Tá delicioso, mas é longo? Corte com tato. Pra que "ficar no ar" mais tempo do que o necessário? Desapega.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ1SjRAFqOZV877E863NTSj4kLTNN_3uIbg1QeNHlpVOAFjXgtwUk1dUFemRKZ0SfaI8td638qZuHar-PX9mskDEQ9x0JhejdowSOH_yMxuGP3ffKGBdpZG9e78bopdVOazSD-uY965H0/s1600/tesoura+corta+texto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ1SjRAFqOZV877E863NTSj4kLTNN_3uIbg1QeNHlpVOAFjXgtwUk1dUFemRKZ0SfaI8td638qZuHar-PX9mskDEQ9x0JhejdowSOH_yMxuGP3ffKGBdpZG9e78bopdVOazSD-uY965H0/s1600/tesoura+corta+texto.jpg" height="400" width="318" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-9415441329350533312015-02-18T12:50:00.000-08:002015-02-18T16:31:25.862-08:00Miniperfil Klester Cavalcanti: o jornalismo e o medo<span style="font-size: large;">Antes</span> de escrever <a href="http://www.benvira.com.br/diasdeinfernonasiria/obra.html" target="_blank">Dias de Inferno na Síria</a>, sobre sua experiência de ter sido preso pelo governo sírio em 2012, durante uma cobertura de guerra naquele país, o pernambucano Klester Cavalcanti já tinha publicado Direto da Selva, Viúvas da Terra (Prêmio Jabuti de Literatura 2005) e O Nome da Morte (Prêmio Jabuti de Literatura 2007). Perguntei sobre sua relação com o medo. <span style="font-size: large;">"O medo me dá prazer"</span>, ele disse.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjXamto1z2tFqVKb4OCOvOJ88Ya8f4XoupzDvp-CnAY0wyWXCYhdVyqu7xgBRQE6BpM5TBqQltDCIOHSEgY5-BK58Ml5hWa1z1gwwSXjCuLqvM-wpO1bNo7p2oANlk2xUuKbr5K704060/s1600/Eu+e+Klester+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjXamto1z2tFqVKb4OCOvOJ88Ya8f4XoupzDvp-CnAY0wyWXCYhdVyqu7xgBRQE6BpM5TBqQltDCIOHSEgY5-BK58Ml5hWa1z1gwwSXjCuLqvM-wpO1bNo7p2oANlk2xUuKbr5K704060/s1600/Eu+e+Klester+2.jpg" height="202" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Eu e Kléster durante nosso papo, no dia 11 de fevereiro</i></span></div>
<br />
<span style="font-size: large;">Antes</span> de receber o diploma de jornalista da Universidade Católica de Pernambuco, em 1997, Klester já era engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1991. <span style="font-size: large;">Depois</span> da viagem à Síria, ele vive enfatizando. "Não sou correspondente de guerra. <span style="font-size: large;">Sou jornalista, que faz de tudo</span>". Inclusive saltar do maior <span style="font-size: large;">bungee jump</span> do Brasil, com 86 metros, em Paulo Afonso (BA).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5h3xMm8BRTUN9Jwk3pf6sWjfJdf9wsjhx_Hawtj6VjIXw236W1_2jJeME3bmZGENi8i-HWqlEN4jSpzBYOgxSYKy28ESb1Ow5pDonmOVWToKApMv6OXMT0X61thaPkfxMzfbpCl5T9fg/s1600/Klester+bungee+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5h3xMm8BRTUN9Jwk3pf6sWjfJdf9wsjhx_Hawtj6VjIXw236W1_2jJeME3bmZGENi8i-HWqlEN4jSpzBYOgxSYKy28ESb1Ow5pDonmOVWToKApMv6OXMT0X61thaPkfxMzfbpCl5T9fg/s1600/Klester+bungee+1.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
"Prefiro me arriscar do que ficar frustrado depois"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2KaYZs9hESK8j7VWQ3TvlXwU4VRr6LKO9fiVVLJ0sRpf7GnhNnb9HFd5_jKDaPCZ2pkvbC8zn-1uFkVxwB5qb6hhFOhODbXwXViqL3w2tMrpeZsq9tGG9K1eIzeCSbhQYe0VDsWfPmkY/s1600/Klester+bungee+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2KaYZs9hESK8j7VWQ3TvlXwU4VRr6LKO9fiVVLJ0sRpf7GnhNnb9HFd5_jKDaPCZ2pkvbC8zn-1uFkVxwB5qb6hhFOhODbXwXViqL3w2tMrpeZsq9tGG9K1eIzeCSbhQYe0VDsWfPmkY/s1600/Klester+bungee+2.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><span style="font-size: large;"> </span></span><span style="text-align: start;">Nas 285 páginas do livro, Klester descreve sua experiência com tantos detalhes que parece que a gente está vendo um filme. Com prefácio de Caco Barcellos, a obra rendeu mais um jabutizinho para a coleção do autor.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPWLgSXZ0vrqUsI8ryEohxD6DfJLvt0ZM_wzarJDHKhccbIMMxO9FGKFvuYdlfLoa0R3IlPAkYLYpKExcXwqtuEkYn9AgXf_t11Lej-cppdvLPCKL1B40sO0BmLqO86O1MhrDPiwZ76U/s1600/Klester+Livro+S%C3%ADria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPWLgSXZ0vrqUsI8ryEohxD6DfJLvt0ZM_wzarJDHKhccbIMMxO9FGKFvuYdlfLoa0R3IlPAkYLYpKExcXwqtuEkYn9AgXf_t11Lej-cppdvLPCKL1B40sO0BmLqO86O1MhrDPiwZ76U/s1600/Klester+Livro+S%C3%ADria.jpg" height="320" width="231" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
Nesta entrevista gravada em 11 de fevereiro de 2015, Klester Cavalcanti fala sobre as qualidades de um repórter de guerra e sua relação com o medo. Conta sua primeira aventura em alto mar e a reflexão que faz cada vez que salta de bungee jump.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Rk0agq9OyOA" width="560"></iframe></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com8São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-88262061394621065482015-02-15T01:26:00.002-08:002015-02-15T09:52:57.119-08:00Afirmar é melhor que negar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOmuLlgXkT9YpHkku8Z-U395xxkLnzlg9_31bsCPdxAYTZBSwsKw9J9njpu5RDAI-Dscqaz3Gtyup76xGw0Vb4oEloZ6kmBUDhrcgYYfTRJZgnsKjjxGAkj1kBemKJuFhFQWEYoyvtB8U/s1600/yes+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOmuLlgXkT9YpHkku8Z-U395xxkLnzlg9_31bsCPdxAYTZBSwsKw9J9njpu5RDAI-Dscqaz3Gtyup76xGw0Vb4oEloZ6kmBUDhrcgYYfTRJZgnsKjjxGAkj1kBemKJuFhFQWEYoyvtB8U/s1600/yes+1.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
Quanto menos "não" no seu texto, melhor. Como aprendi isso há anos, esqueci a explicação exata. Mas é ciência. Funciona mais ou menos assim: o cérebro dá "duas voltas" para processar a palavra não. Repare como fica diferente.<br />
<br />
Se você quer dizer: "<u>Não</u> estou com fome".<br />
Escreva: "Estou sem fome".<br />
<br />
Se você quer dizer: "Você <u>não</u> fez a coisa certa".<br />
Escreva: "Você fez a coisa errada".<br />
<br />
Se você quer dizer: "É muito difícil <u>não</u> reagir".<br />
Escreva: "É fácil reagir".<br />
<br />
Lembre-se: escrever é pensar. Ser positivo ajuda no texto - e na vida. E nas situações em que for impossível retirar o <u>não</u> de uma frase, mantenha-o. Serão poucas.Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com2São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-32384167268754476672015-02-09T08:57:00.001-08:002015-02-09T09:02:27.937-08:00Dicionários para colecionar: O Pai dos Burros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8voDHCvXhWGXG0SXPNNp-aIUWRIvZz8b_7T6bXTryH62M-MZo7StI4FMRStx6fB8_hTEapKxdDOSaqHe4QTuPC-uNfsDwEp02olGfzATQGgVqRTSDCtVDp-17FkBFYtEM8EnLXVP5pB0/s1600/O+Pai+dos+Burros+Humberto+Werneck.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8voDHCvXhWGXG0SXPNNp-aIUWRIvZz8b_7T6bXTryH62M-MZo7StI4FMRStx6fB8_hTEapKxdDOSaqHe4QTuPC-uNfsDwEp02olGfzATQGgVqRTSDCtVDp-17FkBFYtEM8EnLXVP5pB0/s1600/O+Pai+dos+Burros+Humberto+Werneck.jpg" height="320" width="209" /></a></div>
De Humberto Werneck, O Pai dos Burros (editora Arquipélago) reúne clichês e lugares-comuns que o jornalista cuidadoso evita. A lista é poderosa. "Matar dois coelhos com uma cajadada só" é o meu preferido na letra M. "Caiu na rede, é peixe", na letra P.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
* * *</div>
"Os clichês têm origem no 'medo do desconhecido', no conforto medíocre de quem, preferindo não arriscar, se basta com fórmulas prontas", afirma o jornalista norte-americano H. L. Mencken, citado na introdução do livro. "Se escrever vale a pena, deve ser para enunciar algo que se pretende novo - e me parece um contrassenso, sobretudo no jornalismo, tentar passar o novo com uma linguagem velha", arremata Werneck (<a href="http://topicos.estadao.com.br/humberto-werneck" target="_blank">para ler as crônicas de Humberto Werneck no Estadão clique aqui</a>).Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-7060243353070093437.post-88556279296728553272015-02-05T13:17:00.000-08:002015-02-05T17:04:13.380-08:00Biblioteca básica: A Coragem de Criar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWCGix_89ZMmKj3y7QifTDt3Ht0JKActISomIHE7RaKog52njDxy25vLPv5hty_1o9fQ5wF6mMe0yhzlmBNkJVGxx_YWJpo866OxbD5jgnZHMdZ3ABk9ubyDC6ezMGpeHeYFJ3hTjUYMM/s1600/A+Coragem+de+Criar+amarras+do+navio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWCGix_89ZMmKj3y7QifTDt3Ht0JKActISomIHE7RaKog52njDxy25vLPv5hty_1o9fQ5wF6mMe0yhzlmBNkJVGxx_YWJpo866OxbD5jgnZHMdZ3ABk9ubyDC6ezMGpeHeYFJ3hTjUYMM/s1600/A+Coragem+de+Criar+amarras+do+navio.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
"Devemos soltar completamente as rédeas? Ousar pensar o que não pode ser pensado?"</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
* * *</div>
<div style="text-align: center;">
No livro A Coragem de Criar (Nova Fronteira, encontrado na <a href="http://www.estantevirtual.com.br/busca?q=rollo+may+a+coragem+de+criar" target="_blank">Estante Virtual</a>), o psicanalista americano Rollo May desata nós da criatividade: "Precisamos combater duramente o preconceito de que o talento é uma doença e a criatividade uma neurose".</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
* * *</div>
<div style="text-align: center;">
Outra boa ideia defendida por May desde 1975 - e que podemos aplicar no jornalismo - é essa: "A imaginação é a extrapolação da mente. É a capacidade que tem o indivíduo de aceitar o bombardeio de imagens, ideias, impulsos e toda a sorte de fenômenos psíquicos vindos do pré-consciente. É a coragem de soltar as amarras do navio, na esperança de encontrar outros portos na vastidão do mar."<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqOsEENA3DhQeJsXIe_i088LpmyXdbIwpv6OykrXIq8kL-pC1lT12BUTopEtdNXVUSUQu9B6BRm5jWg5WEvq9iB9cu7GobRtlUct-CcqOxs_Dcg5aFDKFhknDa-p533mVzGvXbypg88mw/s1600/A+Coragem+de+Criar+vastid%C3%A3o+mar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqOsEENA3DhQeJsXIe_i088LpmyXdbIwpv6OykrXIq8kL-pC1lT12BUTopEtdNXVUSUQu9B6BRm5jWg5WEvq9iB9cu7GobRtlUct-CcqOxs_Dcg5aFDKFhknDa-p533mVzGvXbypg88mw/s1600/A+Coragem+de+Criar+vastid%C3%A3o+mar.jpg" height="400" width="270" /></a></div>
<br /></div>
Editado por Lidice-Báhttp://www.blogger.com/profile/06483231715282625440noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997